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Chamado de “perverso”, Moro rebate Jayme e diz não querer aliança com quem “apoia corrupção”

Da Redação - Airton Marques

Duramente criticado pelo senador Jayme Campos (DEM), o pré-candidato à Presidência da República, Sérgio Moro (Podemos), negou que a Operação Lava Jato, conduzida por ele enquanto juiz federal em Curitiba, tenha prejudicado a economia de muitos setores no país.

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Moro, que busca o apoio do União Brasil (partido a ser formado na fusão entre DEM e PSL), ainda afirmou que não pretende ter aliança com políticos que defendem a corrupção.

“Dizer que foi a Lava Jato que prejudicou qualquer setor econômico é mentira, até vergonhoso repetir isso. O que a gente sabe é que a corrupção prejudica a economia, não o contrário. A corrupção é a areia na engrenagem da economia”, afirmou, durante entrevista à Rádio Capital FM, na manhã desta quarta-feira (29).

“Se vamos ter pessoas na política que defendem a corrupção, não quero ter aliança com pessoas que pensam assim. Acredito que isso é compartilhado com todos os brasileiros”, completou.

Na semana passada, quando questionado sobre a aproximação de Moro com o União Brasil, Jayme afirmou que o ex-juiz é “perverso” e destruiu a indústria brasileira com o pretexto de combater a corrupção.

“Se por acaso União Brasil, a fusão do DEM com o PSL, caminhar junto, eu não apoio o Moro. Eu não apoio. Acho que o Moro prestou um desserviço ao Brasil gigantesco. Esse negócio de combate à corrupção resultou em que?  Cadê quem ele prendeu? Está todo mundo solto. Destruiu a indústria brasileira, destruiu praticamente um grupo de empresas que o Brasil tinha, extremamente preparadas, modernas, para construir no mundo inteiro. Destruiu a indústria naval, destruiu tudo", disse o senador.

Moro, no entanto, disse que tal afirmação não é verdadeira. “O que prejudicou essas empresas foi a corrupção. No caso da Petrobras, R$ 6 bilhões devolvidos. Sem falar as grandes refinarias que foram construídas”.

Sobre a aproximação com o União Brasil e conversas com o governador Mauro Mendes (DEM), que deve ir á reeleição. Moro saiu pela tangente e disse apenas que tem conversado com muitos partidos e lideranças políticas.

“Temos conversado com muita gente, mas é muito cedo para dizer qual será a posição do Podemos dentro de Mato Grosso. Sabemos da importância do estado para o país, maior produtor de alimentos”, pontuou.
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