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Mãe de Isabele desabafa após laudo recomendar liberação de atiradora

Da Redação - Fabiana Mendes

A empresária Patrícia Guimarães usou as redes sociais para comentar sobre um parecer da equipe do Centro Socioeducativo Lar Menina Moça, anexo ao Pomeri, que recomendou a progressão da medida socioeducativa imposta à adolescente de 16 anos que matou Isabele Guimarães Ramos em julho de 2020, no condomínio Alphaville I, em Cuiabá.

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“Será mesmo?? Fico me perguntando quando olho por tudo a minha volta, quando ando pelas ruas de onde moro e me lembro dela ainda pequena…quando aprendeu a andar de bicicleta, quando fez as primeiras amizades, quando passeava com o cachorro, quando cresceu…”, desabafou a mãe de Isabele.

“Em busca de resolver os próprios traumas e conflitos fez amizades que acreditava ser confiáveis. amizades essas que jamais, nunca em sonhos imaginou que seriam capazes de dar um fim à vida dela”, acrescentou.

“Vida linda, de uma criança tão cheia de sonhos, tão amada, inteligente, com tanta vontade de viver, cheia de vida, de desejos, de vontades, tão sensível, doce…Ahh minha eterna Bele, aonde você esteja eu sou só saudade, eterna saudade”, finalizou.

A adolescente foi condenada em janeiro de 2021 a três anos de reclusão por ato infracional análogo ao crime de homicídio doloso, quando há intenção de matar e qualificado. Foi determinado que a avaliação deve ser revista a cada seis meses. Uma equipe do Lar Menina Moça, que acompanha a medida socioeducativa, recomendou a progressão. Este já é o segundo laudo da equipe em que há manifestação pela soltura da adolescente.

No entanto, a Justiça é quem decide se a menor continuará internada. O juiz pode acompanhar o laudo ou não. Na primeira vez em que houve a reavaliação da pena, no ano passado, o Ministério Público de Mato Grosso pediu a continuidade da internação e a manifestação foi seguida pela Justiça. Ainda não houve decisão sobre o laudo mais recente.
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