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Patrocínio da Havan ao Operário foi negociado por vice-prefeito de Várzea Grande

Da Redação - Lázaro Thor Borges

O patrocínio da Havan ao Clube Esportivo Operário Várzea-grandense (CEOV) foi negociado pelo vice-prefeito do município, José Aderson Hazama, que assumiu interinamente o cargo durante as férias do prefeito Kallil Baracat. 

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Hazama, que não tem cargo administrativo no CEOV, acionou um interlocutor para conversar pessoalmente com executivo das Lojas Havan para concretizar o patrocínio, segundo informações recebidas pela reportagem do Olhar Direto

Apesar da negociação ter sido bem sucedida, José Hazama afirma que não foi o principal articulador das conversas com Luciano Hang, dono da Havan.  “Eu sempre fui colaborador, sempre estou junto, torcendo e colaborando”, afirmou o vice-prefeito. 

O vice-prefeito afirmou que pediu pessoalmente para que o empresário do setor de calcário, Wendel Rodrigues, conversasse com Luciano. Wendel é um dos mato-grossenses mais próximos do dono da Havan. Os dois são administradores de um grupo com 300 empresários do país todo. 

“O Hazama já tinha me pedido isso no campeonato passado, mas no campeonato anteiror não tive tempo de conversar com ele”, afirmou. “Sou amigo do Luciano há muitos anos, fazemos parte do mesmo grupo e conversamos bastante sobre política e futebol”, comentou Wendel, que já presidiu o Operário. “Quando ele foi inaugurar a loja da Havan em Cuiabá eu o presenteei com uma camisa do Operário e perguntei se ele não gostaria de patrocinar nosso time”, conta. 

As conversas se intensificaram e no dia 5 de janeiro deste ano Rodrigues e Hang conversaram por telefone quando Wendel estava de férias em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. No dia 7 de janeiro o acordo e os valores foram finalmente oficializados.

O patrocínio será de 6 meses, período incomum em contratos do tipo. Normalmente patrocinadores fecham contratos de 4 meses. O contrato entre Operário e aHavan foi assinado formalmente na quarta-feira (19). “Ficou até ruim porque o Brasil inteiro está pedindo dinheiro para ele agora”, brinca Wendel ao comentar sobre a repercussão positiva do anúncio.  

O contrato firmado com a Havan tem uma série de restrições. Algumas delas referem-se sobre o sigilo que envolve os valores a serem aportados pela empresa no clube. “Nós fizemos um negócio provisório, mas mesmo assim é muito positivo, se os resultados do clube forem bons nós temos muitas chances de aumentar o período de contrato e o valor da contratação também”, comentou Rodrigues. 

Atualmente o Operário ainda não tem presidente. A expectativa é que as eleições sejam realizadas nos próximos meses. Como política e futebol se confundem em Várzea Grande, Wendel já foi convidado por Hazama para se candidatar à presidência do time, que já foi presidido por ele em outras ocasiões. “O Hazama me pediu para que eu participe, vontade a gente tem, mas eu não tenho tempo, tenho meus compromissos como empresário”, comentou. 

Boa relação com Várzea Grande

O time várzea-grandense já estampou a Havan em seu uniforme há cerca de 10 anos atrás, quando Maninho de Barros, então diretor do Operário e presidente da Câmara, assumiu interinamente a prefeitura de Várzea Grande por conta da saída de Tião da Zaelli para a eleição.
 
Na época, Hang prometeu que se em algum momento patrocinasse algum clube de futebol destinaria recursos para o Operário, em gratidão a decisão de Maninho de estampar o emblema da loja sem custos para o empresário. Naquele momento, a primeira loja da Havan em Mato Grosso se instalava na cidade. 
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