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Com mais de um milhão de doses estocadas e sem pode aplicar 4ª, Estado pode rejeitar novas remessas de vacina

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Max Aguiar

O estado de Mato Grosso tem mais de um milhão de doses de vacinas contra a Covid-19, dentre as adultas e pediátricas, estocadas, seja na Central de Imunobiológicos do Governo Estadual ou nos municípios. Diante disso, o secretário de Estado de Saúde, Gilberto Figureiredo, planejava iniciar a aplicação da 4ª dose em públicos além dos imunossuprimidos, o que foi desencorajado pelo Ministério da Saúde. Agora, pode ser que Mato Grosso tenha que rejeitar novas remessas enviadas pela União por falta de local para armazenar as vacinas.

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Até o momento, segundo Gilberto, não houve rejeição das doses que chegaram. “Mas se necessário nós vamos fazer. Existe uma capacidade técnica de armazenamento, nós fizemos investimentos substanciais na ampliação na nossa central de imunobiológicos, com aquisição de freezers para armazenamento em temperatura de -80ºC, se nós tivermos a capacidade nossa exaurida, nós não vamos poder receber vacina”, afirmou o secretário.
 
Segundo Gilberto, a Secretaria de Estado de Saúde havia anunciado, na última semana, a possibilidade de aplicação da quarta dose para outros grupos além dos imunossuprimidos, mas na sexta-feira (11) o Ministério da Saúde emitiu Nota Técnica inviabilizando esta decisão. “Recomendando não ampliar a quarta dose sem certeza absoluta de decisões do Ministério da Saúde. Eu não posso aqui exacerbar ultrapassando aquilo que é a orientação formal do Ministério da Saúde. Além do público dos imunossuprimidos, nesse momento tecnicamente nós não podemos expandir a aplicação da dose de reforço, ou seja, a quarta dose, para os demais públicos”, declarou.
 
Sobre as doses em estoque, o gestor afirma que há mais de 600 mil no Estado, e se o número for somado ao que se encontra nos municípios, seguramente passa de um milhão. Os motivos, de acordo com ele, são vários. “O negacionismo, as ilações absurdas que acontecem nesse campo, vendendo a vacina como se fosse uma vacina experimental, o relaxo da população, a negligência... as pessoas achavam que com duas doses já estavam praticamente protegidas e quando se cria uma dose de reforço é justamente porque a vacina vai perdendo eficácia ao longo do dos meses. Nós já temos mais de um ano de início da vacinação e principalmente o público mais vulnerável que são imunossuprimidos e as pessoas com comorbidades numa faixa etária mais elevada que estão sujeitos à nova infecção”, completou.
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