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Notícias / Ciência & Saúde

Enchentes aumentam risco da propagação de doenças como dengue e leptospirose, alerta médico

Da Redação - Michael Esquer

Neste ano, as chuvas intensas que atingem diversas cidades pelo país e no estado tem gerado um alerta na população mato-grossense. Em Cáceres, ribeirinhos tiveram que deixar suas casas por conta de enchentes. Para o médico e professor do curso de Medicina da Universidade de Cuiabá (Unic), Tiago Rodrigues, uma dessas preocupações é o risco de contaminação e surgimento de doenças a partir do contato com a água. 

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“Os patógenos que existem ali, propiciam um ambiente ideal para a proliferação de vetores, como os causadores das arboviroses, por exemplo”, comenta o docente. Segundo Rodrigues, o contato, ainda que inevitável, com a água, durante as enchentes, pode favorecer a propagação de doenças como a dengue, zika vírus e chikungunya.

Conforme ele explica, isto ocorre porque a água que invade o espaço urbano é contaminada, já que depois que ela sai dos rios e córregos leva consigo, também, lixo, lama e esgoto para dentro das residências. “O contato direto ou a ingestão de alimentos contaminados propiciam doenças como a leptospirose, cólera, hepatites, febre tifóide e outras”.

Para evitar a contaminação, Tiago orienta que a população tenha cuidado com o que é ingerido. Além disso, evitar o contato com a água oriunda de enchentes, sempre que possível. Em casos extremos, onde isso não é possível, ele recomenda a higienização do corpo após o contato.

“Pode-se prevenir a maioria das doenças não comendo o que ficou submerso, mesmo que esteja em boas condições e protegido pela embalagem. O indicado é fazer a lavagem dos ambientes, utensílios e móveis, com sabão e água limpa”, finaliza o médico.
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