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Mãe teria negado banho em bebê que morreu e médicos encontraram lesões na genitália

Da Redação - Fabiana Mendes

O Hospital Vale do Guaporé em Pontes e Lacerda deu detalhes do atendimento a bebê de seis meses, que faleceu depois de dar entrada na unidade médica em decorrência de insuficiência respiratória causada por pneumonia. O padrasto da vítima foi preso por suspeita de estupro no último dia 9.

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Perícia realizada pela Politec indicou que a bebê não foi estuprada pelo padrasto. Entretanto, segundo o mesmo parecer, uma criança de 7 anos, foi abusada pelo suspeito. 

Conforme a nota enviada à imprensa, a paciente deu entrada com um quadro de insuficiência respiratória grave, agitada, chorosa, abdome distendido, com grandes dificuldades de respirar. Ao ser atendida pelo médico pediatra de plantão, passou por exames e teve que ser colocada na máscara de oxigênio.

“Quando posteriormente a equipe de enfermagem foi fazer o acesso venoso, a mãe negou que fosse feita higienização completa na bebê, e nesse momento a mãe relatou que ela tinha um problema de hemorroida, a enfermeira achou a postura da mãe estranha, e chamou a médica para avaliar a bebê, e verificar o relato da mãe”, diz trecho da nota.

No momento do exame, a médica teria percebido alterações expressivas nos órgãos genitais, além de um prolapso retal. Para que houvesse uma segunda avaliação, foi chamado então outro médico, um cirurgião para nova análise, que também constatou as mesmas lesões. No momento da avaliação do cirurgião, quando ela estava sendo examinada, saiu um líquido translúcido da sua genitália, em grande quantidade.

O liquido então teria sido coletado e enviado para análise. O resultado apontou que a região estava extremante limpa, pois nem as bactérias comuns da flora vaginal constaram no exame. Foi então que a mãe teria demonstrado surpresa em ver a situação dos órgãos genitais da filha e teria indagado o médico sobre o que poderia ter acontecido com a filha. No entanto, a equipe médica questionou a mãe se ela não dava banho na bebê para não ter visto os ferimentos.

“A partir de então, foi acionado pelo Hospital Vale do Guaporé, o Conselho Tutelar para que ele incumbido em suas atribuições tomassem as devidas providências, uma vez que foi detectado esse possível abuso. Vale salientar e ressaltar que em momento nenhum os profissionais desta Instituição acusaram ninguém de estupro, todo procedimento realizado com a bebê consta em prontuário médico”, assevera a nota.

Ainda conforme a nota, os profissionais estariam sendo negligentes se não relatassem aos órgãos competentes o quadro clínico em que esta criança deu entrada no Hospital, pois além do quadro clínico que ela chegou ao hospital, o que caracterizava maus-tratos.
 
“Reafirmamos que o Hospital Vale do Guaporé, preza por um bom atendimento, respeito e transparência a todos os pacientes e a comunidade de Pontes e Lacerda, e lamentamos profundamente essa tragédia, e continuaremos prestando todos os esclarecimentos necessários para demonstrar a lisura das condutas de suas atividades”, finaliza a nota.
 
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