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Pivetta sai em defesa de Mauro e ameniza revolta de aliados: "interesses às vezes são contrariados"

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Isabela Mercuri

​O vice-governador Otaviano Pivetta (sem partido) tratou de por 'panos quentes' diante da eminente crise na base aliada do governador, por conta de declarações feitas pelo governador Mauro Mendes (União) e a insistente idefinição política do gestor, que não anuncia se vai à reeleição e qual será seu candidato ao Senado.

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Pivetta avalia que os aliados de Mauro tem o direito de ficarem chateados com a indefinição do governador, mas que toda a celeuma será resolvida nos próximos dias, por meio do diálogo e da aproximação do período da campanha eleitoral.

"Tudo isso vai se dissipando, todo mundo tem o direito de ficar chateado, mas Mauro tem o direto de ser inovador e mudar o jeito de fazer política. Não há nenhum mal nisso. Na tradição, a gente tem muito essa cultura de decidir de cima para baixo quem é que vai ser, mas o que está se fazendo é um novo jeito de fazer política e eu participo disso, deixar que a sociedade escolha, mostrar mais opções, encurtar os períodos de política partidária, deixar o período eleitoral menos incomodativo, roduzir mais e ter menos política. Mauro tem todo o meu apoio pra isso", afirmou.

"Os descontentamentos, os interesses às vezes são contrariados, mas se acha um bom caminho pra todo mundo", completou. 

#OLHO#
O risco de ruptura com partidos da base ficou mais evidente nesta quarta-feira (23), quando um dos principais aliados de Mauro, o senador Carlos Fávaro (PSD) veio à público afirmar que estava chateado com o governador, por conta da declaração de que o gestor havia causado insatisfação em alguns políticos, por ter cortado "mamatas" dentro do Paiaguás.

Fávaro encarou a afirmação como uma indireta ao grupo que lançou a pré-candidatura do deputado Federal Neri Geller ao Senado e que dá governabilidade ao gestor desde o início do mandato. PP, PSD, MDB e PSB querem uma resposta rápida a dois questionamentos: 'Mauro irá disputar a reeleição?' e 'Em quase de disputa, vai abraçar o projeto de Neri ou apoiar o senador Wellington Fagundes para ser o candidato do presidente Jair Bolsonaro, ambos do PL?'.

"Me senti ofendido, pois somos companheiros leais. Ninguém foi pedir algo não republicano, fomos defender a unidade do grupo. Mas, ele tem o direito de fazer sua composição, escolher com quem quer caminhar e tem todo o tempo do mundo para isso. Continuamos dialogando dentro da nossa unidade", disse em entrevista a TV Cidade Verde.

Fávaro ainda cobrou lealdade do governador e disse que o grupo pró-Neri pode apresentar um nome ao Governo, caso Mauro não seja candidato ou decida não ter o apoio destes partidos.

"Ele não disse que vai ser candidato, disse que cortou as mamatas e eu não sei de quem. Se ele não quer o nosso grupo, se alguém está fazendo a coisa errada, ele tem que dar nome aos bois. Não gostei desse tipo de indignação. Acho que o grupo tem que continuar conversando, pois ele pode não ser candidato e nós temos que oferecer opções ao povo mato-grossense", disse.

Não ouvi da boca do governador que ele não é candidato, assim como não ouvi que ele quer o nosso grupo junto a ele. Mas, ouvi aspas do governador que ele está cortando as mamatas e não faz política para os partidos políticos. Ora, eu tenho orgulho de estar político, se ele não quer esse tipo de diálogo político, o grupo vai apresentar candidatos. Não precisa ser eu, pode ser outro", pontuou.
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