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Botelho duvida que Mauro aceite discutir projeto de reajustes e alerta: ‘Se não sancionar até sexta, perde o valor’

Da Redação - Isabela Mercuri / Do local - Airton Marques

O presidente da Assembleia Legislativa de Mato Grosso (ALMT), deputado estadual Eduardo Botelho (UNIÃO), se mostrou desesperançoso em relação à criação de uma comissão de deputados estaduais em busca de um diálogo com o governador Mauro Mendes (UNIÃO) sobre o projeto de reajustes a algumas categorias do socioeducativo, polícia penal e Detran. Botelho afirmou que não sabe se o governador irá receber os parlamentares, e ainda alertou que o projeto deve ser sancionado até sexta-feira, ou perderá a validade por conta do calendário eleitoral.

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“Eu não sei se vai ter essa discussão. A proposta é procurar um entendimento com ele. Se o governador assim quiser receber. Essa é a proposta, aí os deputados decidem se votam ou não. Então esse vai ser o andamento dentro da casa”, disse, após a sessão desta quarta-feira (30). “Deputado pode propor, agora, o governo pode também não aceitar. Se ele não sanciona até amanhã, também perdeu o valor e não vale mais nada, aí só vai valer ano que vem”, completou.

A comissão será formada pelos deputados Dilmar Dal Bosco (UNIÃO), que é líder do governo na AL; Janaina Riva (MDB); Wilson Santos (PSD); João Batista (PP); Carlos Avallone (PSDB) e Allan Kardec (PDT). Durante a sessão da manhã desta quarta-feira (30), os parlamentares aprovaram proposta de João Batista de que o texto enviado pelo Executivo seja votado em primeira na sessão extraordinária de quinta-feira (31), enquanto a comissão tenta abrir diálogo com o governador.

O que atrapalha os planos dos servidores e de alguns deputados, no entanto, é o prazo da lei eleitoral, já que qualquer reajuste (com exceção da Reposição Geral Anual) só pode ser fornecido até o dia 2 de abril. Assim que o projeto for aprovado, ele ainda precisa passar por sanção do governador e ser publicado no Diário Oficial de sexta-feira (1).

“Temos até sexta-feira para aprovar ou não esse projeto, se não, não tem mais validade nenhuma”, explicou Botelho. Ele também usou o mesmo argumento do governador para explicar porque algumas carreiras receberam o reajuste e outras não.

“São três categorias que estavam com o salário totalmente atrasado. Como o Detran, por exemplo, o salário estava bem defasado, então ele estava fazendo uma correção na tabela dele, nada mais do que isso”, disse.
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