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Polícia prende criminoso que alugava imóveis em regiões nobres de Cuiabá para guardar veículos de luxo roubados

Da Redação - Fabiana Mendes

Um dos integrantes da quadrilha investigada pela Polícia Civil por roubos de veículos em Mato Grosso, foi preso no último fim de semana no interior de Mato Grosso do Sul, dentro da fase Camaleão, da Operação Imperial. O homem de 34 anos era um dos líderes e atuava alugando imóveis para que os carros roubados fossem escondidos. 

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O alvo, conforme as investigações, alugava imóveis em regiões nobres de Cuiabá, geralmente nas proximidades onde ocorriam os roubos, para guardar os veículos de luxo subtraídos. As locações eram feitas por meio de perfis falsos do WhatsApp e havia uma engenharia social no sentido de formalizar virtualmente o contrato.

O mandado de prisão expedido pela 7ª Vara Criminal de Cuiabá foi cumprido pela equipe da Delegacia Regional de Jardim em apoio à Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Veículos (Derfva) de Mato Grosso.

O delegado da Derfva, Gustavo Garcia, explica que o investigado era um dos principais alvos da investigação e estava foragido desde a deflagração da operação no ano passado.

“Ele era responsável por alugar as casas onde a organização criminosa ocultava os veículos roubados e falsificar os documentos para “esquentar” os veículos”, afirmou o delegado.

Ele foi preso no momento em que saía de sua residência no bairro Jardim Recanto Feliz. O delegado explica ainda que o alvo vinha sendo monitorado pelas equipes policiais e quando foi preso estava com um documento de identidade falso.

Além desse mandado cumprido no sábado (23), a Polícia Civil de Mato Grosso continua as buscas para chegar ao paradeiro de mais um investigado, que está foragido.

Operação Imperial

As investigações da Derfva resultaram na deflagração da operação em agosto do ano passado, quando foram cumpridos 13 mandados de prisão e 42 mandados de busca. A organização criminosa atuava também no tráfico de drogas, na modalidade escambo (troca de veículos, objetos de roubo/furto por entorpecentes), receptação, uso de documentos falsos, falsidade ideológica, estelionato, lavagem de capitais, entre outros crimes.

Foi identificado o envolvimento da quadrilha em, pelo menos, 25 ocorrências, sendo 18 roubos majorados no período entre agosto e outubro de 2020. A investigação apontou ainda que neste curto período houve um prejuízo às vítimas de cerca de um milhão e meio de reais.

A organização criminosa possuía três núcleos de atuação, sendo um deles que atuava no nos roubos de veículos, outro destinado para fazer a venda do produto através de estelionato e um terceiro com o tráfico de drogas.

Nas duas fases da operação realizadas no ano passado, o objetivo do trabalho da Derfva foi atuar na descapitalização e desmantelamento da organização criminosa.

Para chegar aos autores e na responsabilização criminal de cada integrante, a delegacia reuniu uma farta documentação durante a investigação e também nas fases da Operação Imperial, quando foram cumpridas 84 ordens judiciais decretadas pela 7ª Vara de Cuiabá, entre mandados de prisões, buscas e apreensões e medidas cautelares diversas contra a organização criminosa, além do sequestro de valores de contas bancárias e investimentos dos investigados. 

Atendendo à representação da autoridade policial, a 7ª Vara Criminal determinou o sequestro dos 23 veículos pertencentes à organização criminosa e a alienação antecipada dos bens sequestrados, estimados em cerca de 2 milhões de reais. Os bens constituem objetos indiretos dos crimes investigados, ou seja, itens adquiridos com os proventos dos crimes.
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