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Prefeitura diz que processo de chamada pública para médicos aguarda aprovação e nega déficit de leitos

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

A Prefeitura de Cuiabá, por meio da Secretaria Municipal de Saúde, rebateu as acusações do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso na manhã desta quinta-feira (28), argumentando que o processo de chamada pública para credenciamento de serviços médicos aguada aprovação do Conselho Municipal de Saúde para ser colocado em prática. Também negou que haja déficit de leitos de retaguarda, dentre outros pontos.

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Por meio de nota, a Secretaria relembrou concurso que já foi feito. “Considerando a grande rotatividade dos profissionais médicos na rede municipal, já foi devidamente encaminhado ao Ministério Público do Estado de Mato Grosso (MPE-MT), plano de ação, que é seguido rigorosamente. Parte desse plano englobou a execução de processo seletivo público para 414 vagas imediatas para médicos, das quais 300 eram para clínico geral e as demais para outras especialidades. No entanto, apenas 88 médicos foram aprovados, sendo 75 clínicos gerais e 13 especialistas. Ainda assim, deste total de classificados, somente 55 assumiram os cargos disponibilizados. Ou seja, apenas 25 médicos novos entraram na rede diante das mais de 400 vagas oferecidas. Isso representa menos de 5% da necessidade a ser suprida”, argumentou.

Em coletiva de imprensa, no entanto, o Sindimed disse que a Prefeitura realizou recentemente um concurso público, mas que ele foi feito para que os profissionais não fossem aprovados, porque eram exigidos, por exemplo, participação em palestras, e não contavam pontos pós-graduações, residências e nem mesmo mestrado ou doutorado. Além disso, o sindicato denunciou que não há leitos de retaguarda e que há “furos” nas escalas, ou seja, falta de profissionais, o que acaba prejudicando a qualidade do serviço.

A Prefeitura também negou que haja déficit de leitos. “Para uma das UTIs que estavam bloqueadas por falta de alguns médicos para completar a escala, o problema já foi resolvido através de um termo de cooperação técnica entre a SMS Cuiabá e a Empresa Cuiabana. Agora a Unidade Hospitalar está com todas as escalas completas”, explicou.

Outras denúncias, como de atraso de pagamentos, segurança das unidades de saúde e má qualidade estrutural, também foram negados. Sobre os pagamentos, a Secretaria explicou que “a demora consiste na burocracia de averiguação da execução dos plantões pela Coordenadoria responsável pelas Unidades, que posteriormente encaminha à gestão de pessoas, que recebem os relatórios certificados dos plantões e encaminha para processar o pagamento. Assim, os plantões acabam demorando uma, ou se der alguma inconsistência, até duas competências”.
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