Imprimir

Notícias / Política BR

Base de Yeda esvazia sessão de CPI no Rio Grande do Sul

AE

Pela terceira vez consecutiva, a bancada de apoio ao governo de Yeda Crusius (PSDB) esvaziou nesta segunda-feira (14) a sessão da CPI que investiga supostos atos de corrupção praticados por agentes públicos no Rio Grande do Sul. Mesmo assim, a tarde foi tensa e tumultuada na Assembleia Legislativa gaúcha.

Enquanto os quatro deputados da oposição ouviam áudios de grampos feitos pela Polícia Federal durante a investigação da Operação Rodin, que apontou desvios de R$ 44 milhões do Detran/RS em 2007, os oito parlamentares da base aliada davam entrevista reiterando que as gravações não têm valor jurídico porque não foram requisitadas à Justiça em nome da CPI e não serão consideradas pelo relator Coffy Rodrigues (PSDB). "São documentos requisitados pela deputada Stela Farias, em nome dela, e não pelo plenário da CPI", justificou o tucano.

A maioria das gravações ouvidas pelos quatro deputados da oposição já foram divulgadas pela imprensa e constam na ação de improbidade administrativa movida pelo Ministério Público Federal contra Yeda e outros oito réus por suposto envolvimento como beneficiários, operadores ou intermediários da fraude do Detran.

A oposição quer usar as gravações como evidência de que as relações entre os participantes da fraude do Detran e agentes próximos à governadora precisam ser investigadas. "À medida em que as provas vierem, a base do governo não terá como não participar", afirmou o deputado Daniel Bordignon (PT).

Enquanto a base não comparece para votar requerimentos, a oposição vai tentar ouvir alguns depoimentos voluntários e poderá convidar o vice-governador Paulo Afonso Feijó (DEM), o empresário Lair Ferst, réu do caso Detran, e ex-presidentes da autarquia.
Imprimir