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Com MT liderando desmatamento, Mauren cobra maior atuação do Governo federal nas áreas de responsabilidade da União

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira

A secretária estadual de Meio Ambiente (Sema), Mauren Lazzaretti, cobrou maior atuação do Governo federal no combate ao desmatamento ilegal em áreas sob responsabilidade da União em Mato Grosso. O Estado, que há três meses aparece como o maior desmatador do país, tem redobrado as ações de prevenção e fiscalização, mas tem dificuldades em atuar nos locais sobre os quais não tem competência.

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"Temos feito todo o esforço, mas é necessário também que o Governo federal incremente essas ações, isso foi tema da pauta de hoje com a secretária da Amazônia Legal, pois muitos desses desmatamentos acontecem em áreas federais e o nosso objetivo é ampliar a participação do Governo federal nesse combate", disse, nesta quinta-feira (12), após reunião do Fórum dos Secretários de Meio Ambiente dos Estados da Amazônia Legal.

"Não temos atribuição, então buscamos atuar de forma cooperada, pois o Estado tem que monitorar e fiscalizar aquilo que é de responsabilidade nossa. Mas, cooperamos com os órgãos federais. O objetivo do Estado é desmatamento ilegal zero", completou. 

Ainda de acordo com Mauren, o governo tem se incomodado com a forma com que os dados do desmatamento nos Estado são divulgados. A secretária diz que o pedido é para que haja uma diferenciação entre o que é ilegal e o que está dentro da legalidade.

"O programa de combate ao desmatamento ilegal e incêndios florestais, tem uma série de ações previstas, além do monitoramento, ações de fiscalização e uma coisa que temos pedido ao Ministério do Meio Ambiente e aos órgãos que divulgam os dados, é que na divulgação seja considerado o que é desmatamento ilegal e legal. Mato Grosso é colocado como o maior desmatador, mas não existe uma distinção do que é desmatamento lícito e ilícito e isso é importante, principalmente pelo fato de nossos dados mostrarem que hoje 38% do desmatamento é legal, feito dentro das regras do Código Florestal, com autorização do órgão ambiental. Isso também nos incomoda", explicou.

"Seria 62% de desmatamento ilegal, mas se observarmos, em todas as semanas nós temos operações em campo, autuação, embargo. É todo um trabalho do órgão ambiental para inviabilizar a ação. Somos reconhecidos com o Estado brasileiro que mais fiscaliza, mais tem transparência na divulgação dos dados nos órgãos ambientais, tanto no que diz respeito do que é lícito e ilícito", pontuou.

Segundo dados do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), em março, 46% de todo o desmatamento registrado no bioma ocorreu no estado. Essa porcentagem equivale a 57 km² desmatados.

Segundo o levantamento, no ranking dos 10 municípios que mais devastaram, cinco são de Mato Grosso: Nova Ubiratã, Juara, Feliz Natal, Porto dos Gaúchos e Juína.
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