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Na AL, Munhoz admite que conhecia reivindicações de sindicato e reconhece: “Há coisas para melhorar”

Da Redação - Isabela Mercuri

O secretário de Estado de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso (SECITECI), Maurício Munhoz Ferraz, participou na manhã desta segunda-feira (13) de uma reunião com a presidente do Sindicato dos Servidores Públicos da Educação Profissional e Tecnológica de Mato Grosso, Jenaína Nasser, após convocação do deputado estadual Lúdio Cabral (PT). No encontro, ele admitiu que já conhecida algumas reivindicações e que havia coisas a melhorar.

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Dentre os assuntos discutidos estavam a cessão dos espaços físicos das escolas técnicas estaduais (ETEs); contratação de entidades para execução de cursos técnicos e/ou profissionalizantes; e nomeações de cargos em comissão e funções de confiança na Seciteci.

Após ouvir as explicações da presidente do sindicato e também do secretário Munhoz, o deputado Lúdio afirmou que vai acolher as reivindicações do sindicato e encaminhar a demanda para Seciteci avaliar quais as ações podem ser realizadas.

Segundo Munhoz, a Seciteci é a secretaria responsável por oferecer educação profissional gratuita e de qualidade para a população de todo o estado. Lúdio comentou que a convocação de Maurício Munhoz, se deve à cobrança do sindicato pelas perdas constantes dos servidores e um desmantelamento estrutural com a cessão e/ou doação irregular de prédios.

“Foi uma reunião positiva com as respostas que precisávamos, porém não temos a certeza de que os pedidos serão atendidos. Vamos monitorar se as demandas serão atendidas pela Seciteci e avaliar as ações que foram colocadas em prática”, disse Lúdio.

Na opinião do parlamentar, o fato de o atual secretário ocupar o cargo há pouco tempo pode retardar as respostas da pauta de reivindicações ao sindicato. “Estamos no final do mandato do atual governador [Mauro Mendes], que por três anos e quatro meses deixou a condução da Seciteci e da política da educação técnica precárias. Diante disso, temos que pensar em encaminhamentos positivos, como a atualização dos planos de carreira, cargos e salários (PCCS) dos servidores, além disso organizar todo o lotacionograma das escolas técnicas e realizar um concurso público”, falou Cabral.

Empossado há pouco mais de dois meses no cargo, Maurício Munhoz admitiu que tinha conhecimento das reivindicações do sindicato, e afirmou que está ajudando em algumas exigências. “Temos que debater sempre, não podemos fugir das discussões. Estamos dispostos a reconhecer que há coisas que precisam melhorar, que também há erros, mas há avanços. Haviam oito construções paradas e desse montante, três delas já foram inauguradas”, disse.

Durante a explanação, Jenaína Nasser destacou que Mato Grosso possui dez escolas técnicas em funcionamento e mostrou como se encontra estruturalmente cada uma delas e, sobre o quadro de servidores. “Temos três aspectos que precisam ser implantados devido a defasagem: realização de concurso público, PCCS e cessão de uso dos espaços das escolas. O quadro está muito aquém da realidade atual”, falou ela.

No levantamento feito pelo sindicato, as escolas técnicas possuem 307 servidores em atividade, sendo 152 deles efetivos e 155 comissionados ou contratados. “Pra mim é um número suficiente para ser destinado às escolas técnicas estaduais para estarem atuando nos cargos também de comissão”, lembrou Nasser.

Atualmente, o estado conta com dez escolas técnicas em funcionamento, Barra do Garças, Alta Floresta, Cáceres, Cuiabá, Diamantino, Lucas do Rio Verde, Rondonópolis, Poxoréo, Sinop e Tangará da Serra. Há outras escolas em construção nos municípios de Água boa, Campo Verde, Juara, Matupá, Primavera do Leste e Sorriso.
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