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Notícias / Educação

Professores de Rondonópolis aderem à campanha pelo piso

De Rondonópolis - Dayane Pozzer

Seguindo a mobilização nacional promovida pela Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação (CNTE), que desde o início do ano tem se manifestado em defesa do Piso Salarial Profissional Nacional (PSPN), os professores da rede estadual de ensino de Rondonópolis participam de um manifesto nesta quarta-feira em Cuiabá.

O ato público, que deve iniciar em frente à Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e seguir para a Praça Alencastro, no centro de Cuiabá, vai reunir professores de diversas regiões do Estado. De Rondonópolis sairá seis caravanas com educadores de municípios da região sul.

Antes de Cuiabá, a categoria se reúne em Jaciara para uma manifestação na Praça Central com a participação de profissionais das redes municipal e estadual do município. Logo após o almoço seguem juntos para a capital, onde também encontram professores do norte do Estado.

Segundo João Eudes da Anunciação, presidente em Rondonópolis do Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Público de Mato Grosso (Sintep), os professores reivindicam além da aplicação da lei do piso em todo o Estado de Mato Grosso, o repasse de 25% do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) para as Secretarias Estaduais de Educação.

Sobre o piso, João Eudes explica que muitos municípios do Estado não pagam nem o piso estadual de R$ 1.050,00 para professores do Ensino Médio pela jornada de 30 horas semanais. “Há cidades que pagam só 60% desse valor”, disse ele. A categoria luta pelo piso nacional de R$ 1.163,42.

A distorção salarial não acontece só no Mato Grosso. A maioria dos estados e municípios ignora a legislação em vigor desde 1ª de janeiro de 2009 e não aplica o piso salarial nacional do magistério. Diante disso, a CNTE iniciou em 2009 uma mobilização nacional pela implementação do piso salarial e ao longo do ano, sindicatos filiados à entidade decidiram em assembléias estaduais datas para manifestações e até greves.

Em Mato Grosso atuam na rede estadual entre 22 e 24 mil profissionais. Em alguns municípios, as jornadas de trabalho chegam a 44 horas semanais, ainda assim, sem a garantia do piso nacional.
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