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Lúdio diz que apesar de “ampla coalizão”, não há sentido em aliança de Lula com ‘barões do agro’ em MT

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Érika Oliveira

O deputado estadual Lúdio Cabral (PT) afirmou que o ex-presidente Lula (PT) se reúne com vários setores da sociedade e da economia para construir uma “ampla coalizão” com o objetivo de tirar o Governo Bolsonaro do poder, mas alertou que em Mato Grosso “não tem sentido” uma aliança com os “barões do agronegócio”.

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Recentemente, a imprensa divulgou que a estratégia da chapa petista era explorar a aproximação que Lula e Alckmin mantêm com lideranças do agronegócio. Em Mato Grosso, Lula tem boa relação com o ex-governador Blairo Maggi (PP) e Alckmin é próximo de Nilson Leitão (PSDB). Por outro lado, com as pesquisas apontando boas perspectivas eleitorais, uma ala de grandes produtores já discute contribuir financeiramente para a campanha petista e reconstruir pontes diante de um provável novo governo Lula.

Em fevereiro, Lúdio chegou a afirmar que estes ‘barões’ haviam dado uma “facada nas costas” da Dilma e que uma possível aproximação com o PT era “cisnismo”. Na época, ele ainda disse que o PT não podia cometer “o mesmo erro de 2016” ao fazer concessões a setores do agro para conseguir apoio.

Agora, o tom de Lúdio mudou. “Lula está buscando construir a mais ampla coalizão para a gente poder virar essa página triste da história que é esse período de desgoverno que estamos enfrentando. Nesse sentido ele se está buscando diálogo com vários setores da sociedade e da economia”, defendeu, ainda de forma tímida.

Em relação a Mato Grosso, no entanto, o parlamentar segue defendendo a separação mais explícita. “Nós aqui em Mato Grosso temos que ter claro qual é o nosso papel. E o nosso papel é enfrentar as tremendas injustiças que temos em Mato Grosso de natureza tributária, de realização de serviços públicos, de isenções tributárias para determinados setores econômicos, e isso significa que nosso projeto em Mato Grosso é um projeto alternativo ao defendido pelos barões do agronegócio, e não tem sentido em Mato Grosso uma aliança com esses setores”, afirmou.
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