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Botelho comenta prisão de ex-ministro e garante que prefeitos de MT não participaram de esquema no MEC

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira

Presidente da Assembleia Legislativa, o deputado Eduardo Botelho (União) demostrou total confiança de que prefeitos de Mato Grosso não estão envolvidos no suposto esquema de liberação de verbas do Ministério da Educação (MEC), que resultou na prisão do ex-ministro Milton Ribeiro, na manhã desta quarta-feira (22), durante a operação Acesso Pago, da Polícia Federal.

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A investigação apura a prática de tráfico de influência de verbas do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão ligado ao MEC. Tudo teve início com a divulgação de um áudio, no qual Ribeiro dizia liberar verbas da pasta por indicação de dois pastores, Gilmar Santos e Arilton Moura, a pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Alguns prefeitos também denunciaram pedidos de propina em dinheiro e até em ouro, em troca da liberação de recursos para os municípios.

“Acredito que não chegou aqui, não tem ninguém de Mato Grosso envolvido, graças a Deus. Estamos tranquilos”, disse Botelho, ao comentar a operação.

Ainda na avaliação de Botelho, a prisão do ex-ministro deve trazer algum impacto negativo na campanha de Bolsonaro, pré-candidato à reeleição. Nesse sentido, criticou operações deflagradas durante o período eleitoral.

O parlamentar citou exemplo da operação deflagrada nas vésperas da eleição de 2018, para cumprir mandados de busca e apreensão em endereços ligados a Marconi Perillo (PSDB), ex-governador de Goiás e então candidato ao Senado.

“Toda operação e investigação durante período eleitoral causa um impacto. Inclusive, defendo que quando começar o processo eleitoral de fato, não haja operações. Tem muita operação que é feita para prejudicar a eleição. Não digo essa”, avaliou.

“É o que aconteceu em Goiás, faltando uma semana para a eleição fizeram busca e apreensão na casa do senador que estava concorrendo. Foi claramente no sentido de influenciar a eleição. Ou não poderia esperar uma semana para fazer? Claro que poderia. A não ser algo em flagrante”, pontuou.
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