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Governador do Tocantins exonera 92 de gabinete e quer extinção de 7 mil cargos

G1

O governador interino do Tocantins, Carlos Henrique Gaguim (PMDB), enviou nesta terça-feira (15) à Assembleia Legislativa do Estado um projeto para extinguir 7.240 cargos. A maioria não estava ocupada. O governador também determinou a exoneração de 92 servidores titulares de cargos comissionados no gabinete dele. Segundo a Secretaria de Comunicação, os funcionários não foram encontrados e, por isso, acabaram demitidos.

Gaguim, deputado estadual e presidente da Assembleia Legislativa, assumiu o governo no dia 9 de setembro, substituindo o governador cassado, Marcelo Miranda (PMDB). A assessoria de Miranda disse que ele não comentará as decisões de Gaguim.

Segundo o deputado Júnior Coimbra (PMDB), que exerce a Presidência da Assembleia, o projeto para a extinção dos cargos foi recebido na Comissão de Constituição e Justiça e deve ser votado na quarta-feira (16). Os cargos foram criados em 2008 por meio de projeto do Executivo aprovado pelos deputados.

"Esses cargos foram criados em agosto do ano passado, mas muitos não foram providos. O que ele (governador) está fazendo é impedindo a criação de novas despesas", diz Coimbra.

O governo também anunciou um déficit de quase R$ 800 milhões no caixa do governo, sendo R$ 488 milhões de dívida e R$ 300 milhões de queda de receita. Também sobre este assunto, a assessoria de Marcelo Miranda disse que ele não se pronunciaria.

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinou a realização de eleições indiretas no estado. Nas eleições indiretas, em vez de a população ir às urnas, são os deputados estaduais, como representantes da população, que escolhem o novo governador. Gaguim é candidato ao governo tampão. Segundo o presidente em exercício da Assembleia, ainda não há data para a realização das eleições.
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