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Prefeito se diz preocupado com crise e tenta evitar demissões de comissionados

Da Redação/Alline Marques

O prefeito de Cuiabá, Wilson Santos (PSDB), está em sinal de alerta com relação as contas da administração municipal. Os contratos com a iniciativa privada estão sendo revistos para que haja redução nos gastos e sinalizou a possibilidade ocorrer demissão nos órgão públicos da Prefeitura. “Estamos fazendo o possível para evitar demissões. Estamos ampliando as áreas de serviços, mas precisamos que a economia também reaja”, afirmou.

A preocupação do tucano com a atual crise financeira foi a temática do discurso dele durante o anúncio da recomposição salarial dos servidores que terão um aumento de 5,9%. Santos fez um breve relato sobre como a crise financeira tem afetado Mato Grosso e as consequências para os municípios.

O tucano lembrou do colapso que vivem os setores de frigoríficos e sucro-alcooeiros, com o fechamento de 50% das plantas de frigoríficos no Estado, além das duas usinas de Jaciara do grupo Naoum, que entraram com pedido de recuperação judicial.

“Se a iniciativa privada é abalada isso reflete diretamente na receita dos municípios, com a redução da arrecadação”, declarou Wilson. Ele destacou ainda que a recomendação de segurar o orçamento até abril está sendo cumprida pelo secretariado.

Segundo Wilson Santos, nestes dois primeiros meses já houve redução no repasse do ICMS e do Fundo de Participação dos Municípios.

Recomposição salarial

Apesar do cenário de crise, os servidores municipais receberão a recomposição salarial de 5,9%, concedido na data-base da categoria, referente à Lei Complementar 152, de 28 de março/2008. Wilson disse que se baseou no Índice Nacional do Consumidor (INC) para chegar a esse percentual, referente às perdas salariais acumuladas durante o período.

O prefeito ainda fez questão de lembrar a situação em que encontrou a Prefeitura e os salários atrasados. “Ao assumirmos a Prefeitura de Cuiabá, em janeiro de 2005, encontramos um quadro diferente, preocupante: greve, salários atrasados (outubro, novembro e dezembro). O último reajuste nos vencimentos dos servidores havia sido feito na gestão do coronel Meireles, fomos informados. Para receber seus salários, os servidores eram obrigados a acessar o CDC. Era mesmo uma situação difícil, complicada”.
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