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Edna pede detector de metais na Câmara e diz que se sente ameaçada com colegas armados

Da Redação - Isabela Mercuri

A vereadora Edna Sampaio (PT) afirmou que se sente ameaçada de estar em um ambiente com colegas armados e afirmou que vai defender a instalação de detector de metais na Câmara de Vereadores. Segundo ela, a Casa de Leis é ambiente de divergências, e pode acontecer de uma pessoa ficar tensa e disparar, como já aconteceu inclusive no Congresso Nacional.

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“Acho que todo mundo se sente ameaçado quando você está num lugar onde você sabe que as pessoas usam armas e você diverge delas, e que em determinado momento a pessoa pode ficar tensa e acontecer... porque já aconteceu isso em vários lugares, parlamentos, inclusive no Congresso Nacional”, afirmou, na manhã desta terça-feira (5).

Segundo Edna, ela soube que alguns colegas andam armados durante a reunião realizada na segunda-feira (4) para discutir o ‘caso Paccola’. O vereador tenente coronel Marcos Paccola (Republicanos) atirou e matou o agente socioeducativo Alexandre Miyagawa na última sexta-feira (1) na capital. O vereador afirma que o agente estava com arma em punho apontando para a própria namorada, enquanto a mulher fala que não houve ameaça e que Paccola “chegou atirando”.

Além de Paccola, também circulam armados os vereadores Sargento Joelson e Sargento Vidal. “Não sei se mais alguém tem porte de arma aqui. Mas acho que não podemos aceitar que entrem aqui armados, aqui é uma casa da democracia, do debate político, do enfrentamento político também, das divergências, tem tensão, isso é normal, a democracia é isso, então não se pode colocar dentro dessa casa a possibilidade de um disparo, de uma fatalidade aqui, porque isso já aconteceu em outros parlamentos, inclusive no Congresso Nacional”, argumentou Edna.

O Congresso Nacional já foi palco de dois assassinatos. O primeiro foi em 1929, quando a Câmara Federal ainda era no Rio de Janeiro. Simões Lopes e Sousa Filho entraram em confronto físico, Sousa foi baleado e morreu no local. Em 1963, o senador Anon de Mello, pai do atual senador Fernando Collor, atirou contra o também senador Silvestre Péricles, que desviou. Um dos tiros, no entanto, atingiu o senador José Kairala, que morreu horas depois. Em 1967, quando os deputados Nelson Carneiro e Estácio Souto Maior (pai do piloto Nelson Piquet) sacaram suas armas e atiraram um no outro, mas os dois sobreviveram.
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