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Notícias / Cidades

Operação da PF contra extração e comércio ilegal de ouro cumpre mandado em Várzea Grande

Da Redação - Fabiana Mendes

A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quinta-feira (7) a Operação Ganância com objetivo de combater a extração, comércio ilegal de ouro, lavagem de dinheiro e organização criminosa em diversos estados. Um mandado de busca e apreensão é cumprido em Várzea Grande (região metropolitana de Cuiabá). O nome do alvo não foi divulgado pela PF.

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 Ao todo, são cumpridas 65 ordens judiciais, sendo cinco de prisões e 60 de busca e apreensão nos estados de Rondônia, Pará, Goiás, Rio de Janeiro, Mato Grosso e Acre. A Justiça determinou o bloqueio, sequestro e o arresto dos bens móveis e imóveis dos investigados até o limite de R$ 2 bilhões.
 
 
As investigações começaram em fevereiro de 2021, depois de uma denúncia envolvendo empresas ligadas ao ramo da saúde, com sede em Porto Velho. A apuração revelou que os recursos ilícitos injetados nas empresas eram provenientes do garimpo ilegal, praticado, pelo menos, desde 2012 pelos líderes da organização criminosa.
 
De acordo com a PF, foram identificados diversos meios de lavagem de dinheiro. Um dos principais modus operandi do grupo era criar um criptoativo (token) próprio de uma das empresas, "com a finalidade de justificar os valores advindos da extração ilegal do ouro nas empresas dos criminosos, como se fossem investimentos de terceiros interessados em receber dividendos".
 
Durante as buscas, a polícia descobriu que entre 2019 e 2021, o grupo movimentou mais de R$ 16 bilhões. Estima-se ainda que o rendimento da empresa tenha sido de R$ 1,1 bilhão.
 
Segundo a polícia, o valor do impacto ambiental em apenas um dos garimpos identificados foi de cerca de R$ 300 milhões. Nessa área, os danos relativos à extração de ouro chegam ao total de 212 campos de futebol.

(As informações são do G1-RO)
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