O presidente do Republicanos, ex-deputado federal Adilson Sachetti, afirmou que a executiva deve se reunir na próxima segunda (25) ou terça-feira (26) para debater se o vereador tenente coronel Marcos Paccola continua ou não como pré-candidato a deputado estadual pela sigla. Paccola foi indiciado por homicídio qualificado após a Políci Civil concluir inquérito sobre a morte do agente socioeducativo Alexandre Miyagawa.
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No início da semana, Sachetti havia dito à imprensa que Paccola continuava como pré-candidato porque não havia nada que “pesasse contra ele”, e argumentou, ainda, que os membros do partido não eram policiais, nem juízes e que aguardariam o encerramento do inquérito.
A Polícia Civil entendeu que Paccola usou recurso que impossibilitou a defesa da vítima. No dia 1º de junho, o parlamentar atirou três vezes e matou o agente socieducativo Alexandre Miyagwa, 41 anos, no bairro Duque de Caxias, na Capital.
As investigações iniciaram logo após os fatos, sendo a equipe da DHPP acionada para atender a ocorrência, encontrando a vítima caída no meio da rua, já sem vida, tendo como autor dos disparos um tenente-coronel da Polícia Militar.
Diligências preliminares foram realizadas no local dos fatos, sendo realizadas perícias e levantamentos, seguida de depoimentos de testemunhas e do interrogatório do militar o qual se apresentou espontaneamente na DHPP. O laudo da perícia apontou que a vítima foi atingida por três disparos de arma de fogo pelas costas.
Após análise das provas testemunhais e fatos registrados pelas câmeras de segurança, foi possível verificar alguns elementos importantes para elucidação do ocorrido, como o fato da vítima não ter esboçado qualquer reação e a namorada da vítima em nenhum momento ter pedido ajuda a terceiros.
Diante do conjunto probatório, a Autoridade Policial, ao concluir o inquérito, realizou o indiciamento do tenente-coronel da Polícia Militar e vereador de Cuiabá.
Afastamento na Câmara
Desde o caso, Paccola tem usado a tribuna da Câmara de Cuiabá para se defender. Afirma que agiu de forma técnica e em legitima defesa da mulher de Alexandre que, segundo o parlamentar, estava sendo ameaçada.
No Legislativo, os vereadores irão avaliar no dia 2 de agosto pedido de afastamento imediato do tenente-coronel. Além disso, a Comissão de Ética abriu processo disciplinar e aguarda compartilhamento das provas colhidas pela DHPP para iniciar as invesntigações que pode caçar o mandato de Paccola.