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Em nota, assessoria nega que Sarney tenha criticado a mídia

G1

A assessoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), divulgou nota nesta quarta-feira (16) para tentar esclarecer as declarações feitas pelo peemedebista de que a mídia havia passado a "ser inimiga das instituições representativas".

"O discurso do presidente se restringiu a apresentação teórica sobre o antagonismo do imediatismo da mídia eletrônica ao prazo dos mandatos parlamentares", justificou a nota da assessoria.

Na manhã desta terça-feira (15), Sarney discursou durante uma sessão comemorativa ao Dia Internacional da Democracia no Senado. "A tecnologia, hoje, levou os instrumentos de comunicação a tal nível que, a grande discussão que se trava é justamente esta: quem representa o povo? Diz a mídia: somos nós, e dizemos nós representantes do povo: somos nós. É dessa contradição que existe hoje, um contra o outro, que, de certo modo, a mídia passou a ser uma inimiga das instituições representativas", afirmou Sarney.

Ainda segundo o comunicado, "Sarney subiu à tribuna para prestar uma homenagem ao regime que voltou a vigorar no país desde 1985 e fazer um alerta: o sistema político-eleitoral brasileiro está exaurido, assim como acontece em democracias mais antigas mundo afora".

A nota convoca o Legislativo a fazer a reforma política. "É preciso que o Congresso Nacional assuma suas responsabilidades e promova a tão aguardada reforma política, introduzindo o parlamento brasileiro no debate iniciado nos principais países da Europa desde a última década do século passado.

O texto redigido pela assessoria de Sarney afirma que "a raiz da discussão" sobre os rumos da democracia no mundo é a internet. "A nova sociedade da comunicação, que, segundo estudiosos do tema, contrapõe o imediatismo da mídia eletrônica ao prazo dos mandatos parlamentares, tornando-os defasados, envelhecendo as bandeiras pelas quais foram eleitos", registra o texto.
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