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Ralf não presta depoimento e polícia conclui sindicância sobre denúncia de extorsão

Da Redação/ Kelly Martins

A sindicância da Polícia Militar, que investiga as denúncias feitas pelo vereador de Cuiabá, Ralf Leite (PRTB), envolvido em um escândalo sexual com um travesti de 17 anos, de que teria sido vítima de extorsão praticada por policiais será concluída na próxima segunda-feira (9). O presidente da Sindicância, tenente-coronel Wilson Batista, já encaminhou dois ofícios à defesa do parlamentar, solicitando o agendamento da data para que Ralf preste esclarecimentos no procedimento instaurado. Mas até o momento não houve resposta. 

A intimação também chegou a ser encaminhada para o endereço apresentado pelo vereador, no Boletim de Ocorrência, registrado no dia 6 de fevereiro, logo após ser detido juntamente com o adolescente, em Várzea Grande, no bairro Jardim Potiguar. No entanto, os policiais foram até o local indicado e constataram que lá funciona a Casa de Amparo São Benedito, no Jardim Primavera, em Cuiabá, e não a residência do vereador. 

A sindicância interna foi aberta pela PM diante dos fatos noticiados pela mídia, dando conta da acusação do vereador aos policiais. Segundo Ralf, eles teriam armado a situação porque se recusou a pagar R$ 600 aos militares. 

Oitivas 

O depoimento de Ralf chegou a ser marcado para o dia 17 de fevereiro, mas foi  cancelado, porque na data ele se encontrava em Brasília (DF) para realizar exames médicos. Já o Conselho de Ética da Câmara Municipal de Cuiabá, presidido pelo vereador Everton Pop (PP) tendo Domingos Sávio (PMDB) Adevair Cabral (PT) como membros, ouviu os militares envolvidos na ação.

Os policiais Uanderlei Benedito Costa e Fábio Gomes de Oliveira, que realizaram a detenção foram os primeiros a serem ouvidos. Ambos negaram as declarações de Ralf e ainda acusaram o parlamentar de ter oferecido propina para não ser preso. Além disso, informaram que sofreram desacatos e vítimas de ameaças.

Também prestaram depoimentos como testemunhas, o soldado César Lara, que estava de plantão na guarda do 4º Batalhão da Polícia Militar e presenciou os desacatos, e os tenentes Paulo Tito Marcoski e Itlton Botelho Costa Campos, além do sargento Ilsinei Silveira.
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