Imprimir

Notícias / Ciência & Saúde

Gripe suína já circula em Cuiabá greve prejudica cerco

Da Redação - Jardel Arruda

Seis pessoas de Cuiabá e Várzea Grande não precisaram viajar ou ter contato com alguém que veio de fora para serem contaminadas pelo vírus transmissor da Influenza A, H1N1, nas semanas anteriores. Duas delas morreram vítimas da gripe suína.

Essas ocorrências comprovam a circulação do vírus dentro de Cuiabá, sem a necessidade de o trazerem de algum local onde a situação esteja mais grave. Ou seja, o alerta na capital já aumenta. Com médicos de greve, o atendimento está prejudicado.

“Enfermeiras e dentistas também estão sendo capacitados. Muitos médicos da rede privada também receberam o treinamento, mas com certeza o trabalho de tratamento está prejudicado devido à greve”, lamentou Wagner Simplício, diretor de Vigilância em Saúde de Cuiabá.

Segundo ele, a saúde pública vive de desafios muito maiores do que os diários, e depois da greve virão outros fatores para dificultar o trabalho de Secretária, como a dengue, por exemplo.

Medicamento restrito

O Tamiflu, medicamento usado para tratar os casos de gripe suína, não será disponibilizado para a população. De acordo com diretor da Vigilância, esta é uma medida que visa evitar a criação de uma resistência  do vírus ao remédio, ou até mesmo uma nova mutação.

“Apenas casos graves, leia-se pessoas que estão internadas com síndrome respiratória aguda grave, serão medicadas com o Tamiflu”, declarou.

Prevenção

Wagner Simplício afirmou que o município continuará trabalhando com medidas preventivas, inclusive já foram produzidos 200 mil folders explicativos para distribuição à população.

“Ainda não precisamos tomar outros tipos de medidas, continuaremos orientando. Pessoas com sintomas de gripe, febre com mais de 38°C, dor de garganta e tosse, por favor, se dirijam ao médico de confiança ou ao pronto socorro”, apela o diretor.

Crescimento vertiginoso

A Secretária de Saúde é reticente em dizer que a gripe suína tem crescido vertiginosamente, mas não de forma explosiva na capital. “Isso é positivo. Estamos assistindo um aumento gradativo e linear, mas não exponencial”, declarou Wagner Simplício.

Para justificar o lado ‘positivo’ deste crescimento, o diretor de Vigilância argumentou que em nível global já se fala em segunda onda da gripe. “Isso deve acontecer entre abril e março do ano que vem, quando o vírus sofrer um pequena mutação”.

Óbitos

De acordo com dados as Secretaria  Municipal de Saúde, as duas vítimas eram residentes de Várzea Grande, apesar da notificação ter ocorrido em Cuiabá. Ambas possuíam fatores complicadores do quadro: A primeira era portadora do vírus HIV enquanto a segunda se encontrava com anemia.
Imprimir