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Notícias / Ciência & Saúde

Ussiel Tavares diz que suposta demissão foi uma forma de pressão

Da Redação - Jardel Arruda

O procurador geral de Cuiabá, Ussiel Tavares, afirmou que os médicos não pediram demissão de direito, ou seja nenhum entregou a carta de exoneração e, portanto, ainda não estão cumprindo aviso prévio. De acordo com ele, a “demissão é uma forma de pressão sobre o prefeito”.

Segundo Ussiel, o pedido de exoneração dos médicos pode ser realizado pelo Sindimed-MT (Sindicato dos Médicos de Mato Grosso), mas precisa ter caráter individual.

Ainda de acordo com o procurador, os únicos documentos que chegaram às mãos do prefeito seriam os ofícios com listas de assinaturas de servidores da saúde, com intenção de pedir desligamento, autorizando o sindicato a formalizar as demissões.

“O texto do documento é claro. Eles autorizaram o sindicato a formalizar as exonerações, o que de fato não aconteceu”, explicou Ussiel Tavares, sobre o fato não consumado até quarta-feira (17).

Ussiel Tavares é breve e ratifica: “Ao menos até agora não houve demissão em massa alguma. O único médico a formalizar demissão nem mesmo assinou aquela lista”.

Um documento de notificação estará sendo elaborado pelo procurador geral para ficar à disposição do secretário de Saúde, Luiz Soares, para notificar os supostos demissionários a comparecerem a Secretaria e esclarecer a situação.

“Não queremos acirrar as negociações. Essa será apenas minha sugestão ao secretário, para esclarecer se o médico pediu demissão ou não”, concluiu.

Relembre o caso

Alegando falta de condições do exercício pleno da medicina, difícil relacionamento com o secretário Luiz Soares e reivindicando o aumento do piso salarial para mais de R$ 8 mil, 68 médicos da rede pública de Cuiabá ‘pediram demissão’.

Entre os profissionais com pedido de desligamento estão 22 cirurgiões do Hospital Pronto Socorro Municipal de Cuiabá. Os outros 44 se dividem entre pediatras da mesma unidade de pronto atendimento e clínicos das unidades do Programa de Saúde Familiar.

Além disso, os médicos da capital paralisaram atividades desde o segunda-feira (7), mantendo apenas os serviços de urgência e emergência. Na terça-feira (15), os médicos de Várzea Grande, a exemplo dos da capital, também paralisaram atividades exigindo aumento salarial.

Clique AQUI e veja o documento entregue ao município.
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