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Edna Sampaio diz que recebeu ‘gestos intimidatórios’ de defensores de Paccola e avalia pedir proteção

Da Redação - Isabela Mercuri / Do Local - Airton Marques

A vereador Edna Sampaio (PT), autora do processo de pedido de cassação do vereador Tenente Coronel Marcos Paccola (Republicanos), afirmou que recebeu frases de ódio nas redes sociais e gestos intimidatórios durante a sessão extraordinária desta quarta-feira (5), em que Paccola foi cassado com 13 votos favoráveis. A parlamentar petista afirmou, ainda, que estuda pedir proteção oficial à Câmara.

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“Eu me sinto ameaçada pelas frases de ódio que recebi nas redes sociais durante a sessão, e havia um senhor em cima do lado dos que defendiam Paccola fazendo gestos intimidatórios para mim. Eu indiquei isso à Mesa. Com certeza estamos falando da cassação de um mandato de alguém que teve a autorização do povo para estar aqui representando, então não é qualquer coisa, não é um dia alegre, não é uma decisão feliz. É uma decisão necessária e infeliz porque infelicidade aconteceu nesse parlamento e era necessário tomar uma providência em relação a isso”, afirmou Edna.

Durante transmissão da fala de Edna no Youtube oficial da Câmara, um internauta comentou que Paccola poderia ‘atirar’ nela também. Já durante a sessão, depois que o vereador terminou sua defesa, Edna interrompeu o rito para falar que havia uma pessoa fazendo gestos para ela, e ela não sabia se era ou não uma ameaça.

Edna afirmou que vai avaliar pedir segurança oficial à Câmara. “Acho que talvez seja necessário. Vou conversar com minha equipe, com os advogados, com o presidente da Casa. Se for necessário, vou pedir proteção”, completou.

A petista ainda afirmou que não acredita que a cassação poderá ser revertida na justiça. “Eu li todo o processo, os depoimentos, a decisão da Comissão de Ética, o relatório do relator da comissão, ele foi chamado para fazer sua defesa, ele não fez sua defesa durante o processo, preferiu não fazê-lo. A comissão de ética por três vezes indicou um advogado dativo para fazer a defesa dele, então acho que todas as possibilidades de ampla defesa foram garantidas ao vereador Marcos Paccola e o resultado está aí”, afirmou.

“Acusar a Câmara, que é um poder independente do Judiciário, que tem a prerrogativa de decidir politicamente sobre casos de decoro parlamentar, não vejo que tenha sido cometido algum tipo de erro, de abuso durante o processo. Foi dado a ele amplíssimas chances de defesa”, concluiu Edna.
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