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“Governador entrou no mundo paralelo que bolsonarismo inventou”, afirma Lúdio sobre apoio de Mauro a Bolsonaro

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Érika Oliveira

Deputado estadual reeleito, Lúdio Cabral (PT) criticou o governador Mauro Mendes (União) pelo empenho dado à campanha do presidente Jair Bolsonaro (PL) no segundo turno da disputa presidencial. Ao analisar a atuação do chefe do Executivo estadual, o petista lamentou que Mauro tenha assumido o discurso bolsonarista de, por exemplo, afirmar que o Brasil vai virar uma Venezuela caso a esquerda volte ao poder – com a vitória de Lula (PT).

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“O governador está entrando em definitivo num mundo paralelo que o bolsonarismo inventou, ao aderir a esse discurso totalmente sem sentido, de falar de escola com banheiro unissex, de que Brasil vai virar Venezuela ou Argentina, precisa voltar à realidade, pois o governador tem responsabilidade, não pode aderir a esse discurso totalmente sem sentido. Ele não precisa desse mergulho na realidade paralela do bolsonarismo, não precisa usar essas armas que Bolsonaro usa para disputar a eleição”, afirmou, durante sessão da Assembleia, nesta quarta-feira (19).

Lúdio afirma que aderir a esse discurso ideológico, Bolsonaro e Mauro fogem do real debate quanto aos problemas enfrentados pela população. “É aderir a um discurso de quem não conseguiu enfrentar os problemas do país, de quem criou problemas novos e cria uma cortina de fumaça com pautas completamente sem sentido e mentirosas”.

O deputado, empenhado na campanha do ex-presidente, ressalta que ao se comparar a gestão petista com a de Bolsonaro fica evidente quanto o governo Lula foi infinitamente superior. Bate na tecla de que o Governo Bolsonaro não assentou um tijolo em Mato Grosso para construir moradia popular, enquanto que nos governos do PT foram 170 mil casas.

“Lula tem muitas propostas, o problema é que precisa ocupar todo o tempo para responder as mentiras do Bolsonaro, por isso se deixa de apresentar as propostas que se tem. O plano de governo é pensando no futuro. Nos governos Lula e Dilma o Estado gerou 797 mil empregos de carteira assinada; todo o avanço do agronegócio em Mato Grosso foi resultado das políticas executadas nos governos petistas, assim como avanços na infraestrutura: 159, 163, rodovia chegou a Rondonópolis”, afirmou.

Na avaliação de Lúdio, depois que o PT saiu do Palácio da Alvorada, nem o governo Michel Temer (MDB) nem no governo Bolsonaro resolveram problemas estruturais, como a conclusão da duplicação da BR-163.

“É lamentável, pois empobrece o debate, quando o governador não debate os problemas reais do Estado, por exemplo que propostas o candidato a presidente dele tem para resolver a fome de 600 mil mato-grossenses? Que proposta o candidato a presidente dele tem para resolver o problema do endividamento de 2 milhões em Mato Grosso, que não conseguem fazer três refeições ao dia? São esses os problemas concretos. Que propostas para resolver o problema da fila de atendimento do SUS? E para melhorar a qualidade da educação pública?”, disse.

“Como não tem propostas para isso, entram nesse mundo paralelo de Venezuela, aborto, liberação de drogas, banheiro unissex em escolas (...)”, pontuou.
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