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Mãe de universitário atropelado em Cuiabá pede Justiça: "se você se solidariza com minha dor, me ajude"

Da Redação - Bruna Barbosa

A mãe do estudante de veterinária Frederico Albuquerque Siqueira Correa da Costa, de 21 anos, que morreu após ser atropelado na avenida Beira Rio, em Cuiabá, pediu que amigos e familiares do universitário compartilhassem uma publicação pedindo por Justiça. O dono do carro que atropelou Frederico e a amiga dele, que estava dirigindo o veículo, foram indiciados por homicídio doloso e omissão de socorro nessa quinta-feira (20).

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Daniele Corrêa da Silva confessou que estava dirigindo o Honda City do guarda noturno Diogo Pereira Fortes, na noite do crime. No texto, Laura Albuquerque Corrêa da Costa lamentou o filho ter morrido de forma "trágica e brutal". 

"Meu filho teve sua vida tirada de forma tráfica e brutal por uma mulher alcoolizada, sem CNH, que fugiu ao lado de seu amigo, que também estava alcoolizado, e deu a chave de seu carro para ela dirigir em alta velocidade", escreveu. 


De acordo com a Polícia Civil, a investigação apontou que Daniele dirigia a quase 50% acima da velocidade máxima permitida para o local e trafegou na faixa de baixa velocidade da via, em trecho com aglomeração de pessoas. Além da vítima fatal, atropelou outras duas pessoas, que sofreram lesões leves.

Laura pediu apoio para senbilizar a Justiça sobre o caso do filho. Daniele e Diogo se apresentaram na Delegacia Especializada de Trânsito (Deletran), mas respondem em liberdade. 

"Agora preciso de seu apoio não só pelo meu filho, mas por todas as mães que choram pela perda de seus filhos atropelados, mortos e os culpados que ficam impunes. Me ajudem a fazer Justiça. Se você é mãe, pai ou se solidariza com minha dor, peço que me ajude a pedir #justiçaporfred nas redes sociais, para que o Ministério Público se sensibilize com o processo". 

Além da mãe de Frederico, amigos compartilharam a publicação nas redes sociais nesta sexta-feira (21). O atropelamento que causou a morte de Frederico aconteceu na madrugada de 2 de setembro

 vítima estava ao lado de um veículo estacionado e, no momento em que ia atravessar a via, foi atropelada por um veículo, que não parou para prestar socorro.

O dono do carro, de 35 anos, teria, voluntariamente, confiado a direção do veículo à mulher, que sabia não ser habilitada para a condução e que estava sob influência de álcool.

A Deletran reuniu diversos elementos informativos, como áudio, imagens de câmeras de segurança, laudos periciais e depoimentos, que corroboraram as informações de que, mesmo sabendo que a mulher havia consumido bebida alcoólica, o dono do Honda City permitiu que ela conduzisse o veículo.

“As provas, nos autos, revelaram que uma vez ocorrido o acidente, ambos não só não demonstraram quaisquer indícios de arrependimento, como nada fizeram para minorar as consequências de seus atos, empreendendo fuga do local dos fatos”, afirma o delegado Christian Cabral, titular da Deletran.
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