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Notícias / Cidades

Por ter filho recém-nascido, mulher presa por vender brigadeiros e lubrificante a base de maconha é solta

Da Redação - Bruna Barbosa

Por ser mãe de duas crianças de 12 e cinco anos, além de um bebê de 48 dias, uma mulher presa por vender brigadeiros e lubrificantes íntimos feitos com maconha, foi liberada após passar por audiência de custódio nessa quinta-feira (27). 

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Ela e o marido foram presos nessa quarta-feira (26), na casa onde moravam no bairro Alvorada, em Cuiabá. Apesar da mulher ter sido liberada, a juíza Ana Cristina Silva Mendes, determinou a prisão preventiva de I.B.S., de 24 anos. 

Para a magistrada, não há garantia de que, se em liberdade, o casal não voltaria a vender os brigadeiros feitos com maconha que, possivelmente, garantem o sustento da família. Por conta disso, Ana Cristina considerou que as medidas cautelares seriam "insuficientes e inadequadas". 

No entanto, ela observou que a mulher tem um filho recém-nascido e verificou a possibilidade "absolutamente excepcional" da substituição da prisão preventiva por medidas cautelares. 
 
"Urge ressaltar que tal solução tem por escopo a priorização dos interesses do nascituro e de seus outros filhos menores de 12 anos, ainda sem seu sistema imunológico formado e da necessidade de sua proteção integral, inclusive com acesso ao aleitamento materno", diz trecho da decisão. 

Com isso, a mulher deverá usar tornozeleira eletrônica pelos proxímos seis meses, além de comparecer a todos os atos do processo e ficou proibidade de mudar de endereço sem comunicar a Justiça. 

Comércio no Instagram 

O casal começou a ser monitorado por conta de um perfil que possuem no Instagram, chamado "Doce Onda" para divulgar os produtos, além de denúncias sobre o comércio. No final dessa quarta-feira (26), os policiais firam um carro estacionado na frente da casa do casal.

Duas pessoas entraram e logo saíram da casa com uma sacolinha de cor rosa escrito “Doce Onda”. Em seguida foi realizada a abordagem e na posse das duas pessoas, foi encontrado um vidro de extrato de cannabis, um doce com o nome "Canatrópico" e uma porção de maconha.

Elas relataram que pagaram o valor de R$ 125 pelos produtos. Os policiais foram até a casa da jovem que vendia os produtos com o marido e questionaram sobre a situação. 

O homem afirmou que havia vendido um pedaço de skunk, um vidro com extrato da substância THC, além do doce "Canatrópico". No imóvel, os policiais encontraram mais doces feitos com maconha, além de porções de cocaína. 

Diversos materiais usados para o tráfico, uma balança de precisão, porções de maconha e R$ 4,2 mil em dinheiro, entre outros objetos também foram apreendidos. 

No local havia em cima da mesa, vidros com lubrificante com extrato da maconha, doces contendo maconha, embalagens de docinhos, sacolinhas, adesivos e figurinhas com o nome “Doce Onda. Na geladeira havia uma embalagem contendo maconha possivelmente para ser usada na confecção dos doces.

Os dois foram levados para a delegacia, interrogados e autuados por tráfico de drogas e associação para o tráfico. Após a confecção dos autos, os dois presos foram colocados à disposição da Justiça.
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