O técnico do Cuiabá, António Oliveira, afirmou que o Dourado não é um clube para estar na Série A do Campeonato Brasileiro. A fala foi em entrevista coletiva concedida logo após a última partida do ano, contra o Coritiba. Segundo ele, a comissão técnica e os jogadores desta temporada mereciam ter seus bustos reproduzidos em homenagem à permanência na elite do futebol nacional.
 
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“Um clube que na minha opinião não é para estar na Série A. Conseguir dois anos consecutivos mantê-lo, isso é um autêntico milagre”, declarou. “Sempre disse que não me importava em estar na zona de rebaixamento a temporada toda. Neste clube eu não vou ser campeão de nada. A única coisa que eu ganho é [ser] campeão em cartões amarelos. Fiquei à frente do Abel [Ferreira, do Palmeiras]. Estou satisfeito com isso”, ironizou.
 
O técnico também aproveitou para agradecer aos jogadores e ao vice-presidente do clube, Cristiano Dresch, pela confiança e estabilidade concedida ao longo do trabalho. Ao agradecer a família, António disse que algumas vezes viveu no mundo irracional e que às vezes pensava que estava treinando o Real Madrid.  
 
O técnico do Dourado se disse satisfeito com seu trabalho, pois o foco era sair da zona de rebaixamento, feito que conseguiu após o jogo contra o Avaí. António Oliveira se orgulha de representar a cidade de Cuiabá e o estado de Mato Grosso, mas não tomou sua decisão sobre a sua permanência como treinador.
 
Para o técnico, a permanência na elite do futebol, em um time do porte do Cuiabá, merece ser comemorada como um verdadeiro título. “Já estive em outros contextos. Já estive no Benfica [de Portugal, já estive no Athlético Paranaense. Não tem nada a ver. É dificílimo o que acabamos de conquistar. Isso é uma libertadores autentica para esse clube”.