Imprimir

Notícias / Cidades

Caminhoneiros relatam que não havia sinalização em bloqueio que causou colisão de três carretas

Da Redação - Isabela Mercuri

Os caminhoneiros envolvidos no acidente entre três carretas, que aconteceu no quilômetro 582, em Nova Mutum (240km de Cuiabá), relataram que não havia nenhuma sinalização antes do bloqueio feito com monte de terra. O acidente aconteceu quando o  o motorista da carreta VW Meteor, de cor branca, seguia sentido Nova Mutum, colidiu com o monte de terra, perdeu o controle da direção e atingiu os outros dois caminhões.

Leia também:
Monte de terra colocado por manifestantes em rodovia causa acidente entre três carretas na BR-163
 
“Tinha um monte de terra em cima da pista, cara. Não deu para desviar, e vinha um caminhão de frente. Eu bati num monte de terra”, contou o motorista, que não teve o nome divulgado, ao site Power Mix. “Esse tal de Alexandre de Moraes fica fazendo essas coisas para os motoristas entrar em greve, fica acontecendo isso. Uma tragédia, só coisa ruim. Ninguém merece isso não”, completou.
 
Os outros dois motoristas conduziam uma carreta Scania T113, de cor azul, carregada com milho, que seguia no sentido contrário foi atingida na traseira da carroceria, e um DAF XF105, de cor branca, que estava parado no acostamento com problemas mecânicos, e também acabou danificado.
 
“Infelizmente o pessoal colocou terra ali, né. E o rapaz do lado de lá veio correndo e não conseguiu ver o monte de terra e bateu, perdeu o controle, e veio a colidir comigo e com o rapaz que estava com o caminhão quebrado. Eu ainda consegui tirar um pouco para o lado de lá e minha cabine eu levei, mas a carreta ficou o prejuízo”, lamentou o motorista da Scania.
 
“Mas eu agradeço a Deus, só Deus para cuidar e livrar a gente. Estava descendo, estava escuro, não tinha sinalização nenhuma, não tinha ninguém na pista. Quando eu percebi que o rapaz tinha batido e vinha fora de controle eu já tirei para o outro lado do acostamento, mas não tinha nenhuma sinalização. É o primeiro acidente que eu me envolvo, e sou caminhoneiro há 15, 20 anos. É minha primeira experiência nesse sentido”, completou.
 
Já o condutor do DAF relatou que estava parado no acostamento, e já tinha se alertado que aquele monte de terra poderia causar acidentes. “Estava trocando a correia do caminhão que arrebentou, e o pessoal da rodovia veio, colocou um cone, e meu caminhão já estava fora. Aí os caras jogaram terra ali, encheu a estrada, eles vieram, olharam e foram embora. Não sinalizaram nem um lado, nem outro, faz umas duas horas que estou falando para o mecânico, vamos apurar para a gente sair daqui porque vai dar um acidente. Estava visto, não tinha... o cara desce correndo de lá pra cá, chega ali não tem sinalização nenhuma naquele monte de terra, vai fazer o que?”, questionou. Com o impacto, ele e o mecânico foram ‘jogados’ na grama.
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 

A post shared by Olhar Direto (@olhardiretooficial)


 
Manifestações
 
Os manifestantes não aceitam o resultado das eleições presidenciais de 30 de outubro, quando o ex-presidente Lula (PT), derrotou nas urnas o atual presidente Jair Bolsonaro (PL). Além de questionarem o resultado das eleições, eles também pedem por intervenção federal.

Os novos bloqueios devem-se, também, à decisão do ministro do Superior Tribunal Eleitoral (TSE) Alexandre de Moraes, que determinou bloqueio imediato das contas bancárias relacionadas a 43 empresas e/ou empresários de Mato Grosso que participaram, ou ajudaram a realização dos atos antidemocráticos que pediam a Intervenção Federal e que bloquearam as rodovias do Estado. A determinação previu ainda multas de mais de R$ 100 mil por hora de bloqueio e pede ainda que todos os empresários sejam ouvidos em dez dias. 
Imprimir