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Notícias / Agronegócios

Situação dos frigoríficos em MT é preocupante, diz analista

Adriz de Oliveira

• Tenho analisado e repercutido notícias do agrobusiness mato-grossense no programa Chamada Geral e para o Olhar Direto e ontem (17) especialmente, levantamos o assunto que trata da quebradeira dos frigoríficos em todo Brasil, focando mais especialmente na saúde financeira da pecuária em MT, não só porque vivo nesse território de quatro costados mais ricos, mas também, porque MT é o maior produtor de carne do país e quando se trata de exportação de carne bovina, a balança comercial brasileira sempre registra lucros excepcionais com a produção do gado de corte de MT. 

• E participou de nosso programa de hoje (18) o presidente da Acrimat – Associação dos Criadores de MT Mario Candia que esclareceu algumas dúvidas e informou sobre a situação mais próxima da realidade do setor. 

• O volume de demitidos em decorrência do fechamento ou paralisação dos frigoríficos em MT é de 15 mil trabalhadores diretos e indiretos, segundo Mario Candia. Um número grandioso se considerarmos que a cadeia produtiva da pecuária moderna, da porteira pra dentro emprega um número pequeno de mão de obra, mas da porteira pra fora, o volume de mão de obra é expressivo e está em maior número, nas pequenas cidades, onde estão localizados os frigoríficos, exatamente nas regiões que tem carência de empregos. 

• O presidente da Acrimat informou na entrevista, que os pecuaristas que estão com crédito relativo as reses que foram vendidas aos frigoríficos que pediram recuperação judicial, devem procurar a associação para informar-se sobre o encaminhamento legal da cobrança que poderá ser solicitada através da acessória jurídica da Acrimat. 

• Não é a primeira vez que isso acontece aqui em MT e questionado se não seria hora de os pecuaristas se unirem em cooperativa e adquirirem esses frigoríficos quebrados e tocarem por conta própria, a compra, abate, desossa e exportação, Mario Cândia comentou que demandaria um grande entendimento entre os associados e apoios que deveriam ser costurados entre a associação e o governo do estado. E fica a minha pergunta! E por que não? 

• Os pecuaristas argentinos estão desde há alguns anos passando por dificuldades com a produção do que eles consideram a melhor carne do mundo, embora seja difícil um mato-grossense concordar. Mas que são os que mais consomem carne in natura no mundo isso não resta dúvida! São 70 Kg por pessoa ano, o que os fazem dependentes comercialmente da carne bovina e na condição em que estão com os preços e exportações controlados pelo governo desde 2005, a seca que não prejudicou somente a produção agrícola, mas também a pecuária, a previsão menos pessimista possível, é de que terão que importar carne e segundo Mario Candia, uma comissão irá em breve à Argentina fazer uma aproximação. 

• O momento da pecuária mato-grossense, é sem dúvida, de muitos problemas e expectativas, mas temos que concordar que maiores dificuldades já passamos e que a crise já se instalou em condição um tanto suave, eu diria, aqui no Brasil e o crédito que os pecuaristas tem com o governo federal e estadual, haverá de fazer valer as solicitações, não de repasses financeiros para os pecuaristas, mas de socorro aos frigoríficos para que retomem suas atividades, principalmente, a condição de pagamento do gado que foi abatido e não foi pago!



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