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Polícia Civil recupera R$ 68,3 mil oriundos de golpes virtuais com transferências via PIX

Da Redação - Isabela Mercuri

Um total de R$ 68,3 mil, subtraídos apenas entre os dias 26 de novembro e 2 de dezembro, via golpes realizados por meio do PIX, forma recuperados pela Polícia Judiciária Civil (PJC), por meio da Delegacia Especializada de Repressão a Crimes informáticos (DRCI) junto a outras delegacias do estado. Os golpes são diversos, como o Falso Intermediador de Venda”, “Falso perfil de Whatsapp”, “Golpe da Novinha”, “Golpe do Amor”, “Falso Médico”, entre outros. 

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Segundo informações da assessoria de imprensa da PJC, em um dos casos ocorridos nesta semana com uma vítima de Cuiabá, foi realizada uma transferência via pix no valor de R$ 23 mil da conta bancária de uma servidora pública, e também foi feita uma tentativa de empréstimo que acabou não se concretizando. A vítima não tinha o valor  em conta bancária, sendo que boa parte do dinheiro transferido fazia parte do limite do seu cheque especial. 

Segundo o delegado titular da DRCI, Ruy Peral, a recuperação de valores subtraídos de vítimas tem sido constante, pois os crimes migraram das ruas para o meio virtual e os avanços na área de tecnologia tem induzindo mudanças no modo de ação dos criminosos. 

“Os avanços no mundo moderno proporciona mudanças no estilo de vida das pessoas, mas também traz oportunidades para os criminosos entrarem mais facilmente em contato com as vítimas, de dentro da própria casa ou mesmo em escritórios do crime, onde por meio do ambiente virtual tem acesso a muito mais pessoas, sem precisarem se expor e correndo muito menos riscos”, disse o delegado. 

“Os criminosos estão cada vez mais ousados e todos os dias surge uma nova modalidade de golpe, ou a atualização de um já existente, além de outras modalidades de fraudes eletrônicas com objetivo de subtrair valores de vítimas em ambiente virtual”, destacou Ruy. 

Uma vítima de Nova Canaã do Norte caiu no golpe do falso intermediador de vendas, durante a compra de um veículo pela internet. Para aplicar o golpe, o suspeito copiou um anúncio verdadeiro da internet para poder intermediar a negociação do carro, fazendo assim duas vítimas, o comprador e o vendedor do veículo. 

Somente após a transferências dos valores, as vítimas descobriram ter caído em um golpe. Por meio da ação da DRCI em parceria com a Delegacia de Nova Canaã do Norte, foi possível recuperar R$ 7,5 mil subtraídos da vítima que comprava o carro. 

Há ainda casos em que os criminosos atuam na área física, no contato direto com as vítimas e a ainda assim do meio virtual para a prática de crimes. É o caso de situações de roubos em que as vítimas são mantidas em cárcere privado e obrigadas mediante ameaças a fazerem transferências via pix para a conta determinadas pelos criminosos, sob pena de serem mortas ou fazerem algum mal para familiares. 

Um caso em que a vítima teve contato direto com os suspeitos, ocorreu esta semana no município de Várzea Grande. A vítima havia contratado um serviço em seu veículo, porém quando chegou ao local, os donos da empresa decidiram alterar o valor contratado. Mesmo a vítima pagando o inicial combinado, os suspeitos os mantiveram em cárcere e a obrigaram fazer diversas transferências de valores mediante ameaças e agressões. Nessa situação, a DRCI atuou e conseguiu o bloqueio de R$ 8 mil do valor subtraído da vítima. 

Ruy Peral destaca que com a facilidade proporcionada e com a especialização dos criminosos, há um número maior de vítimas, com um prejuízo potencial cada vez maior. “A migração do crime para o ambiente virtual, vem exigindo da Polícia um trabalho cada vez mais qualificado, e também um trabalho de conscientização das vítimas para que mantenham o seu ambiente virtual seguro, dificultando a ação dos criminosos nessa área”, finalizou o delegado.
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