Com sua permanência na Secretaria de Estado de Agricultura Familiar (Seaf) questionada pelos próprios correligionários, a secretária Teté Bezerra (MDB) registrou na manhã desta terça-feira (20) um boletim de ocorrência (BO) na Delegacia de Repreensão a Crimes Informáticos (DRCI), em Cuiabá, para que a Polícia Civil investigue a origem de um texto apócrifo que tem circulado em grupos de WhatsApp.
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O conteúdo sugere que a carta contra Teté teria sido elaborada por servidores da Seaf, o que para a secretária é duvidoso, visto que até o momento não existe qualquer atrito ou crise que envolva a atual gestão com o quadro de servidores da Pasta.
Em conversa com o delegado da DRCI, Teté foi avisada que o texto difundido configura como crime, e que o teor, por ser ofensivo, pode levar a indenização ou até mesmo prisão. Com o registro do boletim de ocorrência, agora a Polícia Civil passa a investigar o caso.
Teté assumiu o cargo em maio, após o ex-secretário Silvano Amaral se desincompatibilizar para disputar as eleições. Após o resultado das urnas, no entanto, a possibilidade de a secretária continuar na cadeira no próximo mandato do governador Mauro Mendes (União) passou a ser refutada por membros do MDB.
Tais questionamentos são fruto do enfraquecimento do nome do marido de Teté, o deputado federal Carlos Bezerra, um dos fundadores da sigla. Presidente há anos, o cacique pode acabar sendo retirado da função após não conseguir se reeleger para o sexto mandato na Câmara.
Até então, o governador se recusa a falar sobre o futuro da Seaf e o espaço do MDB em seu próximo mandato.