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Bolsonarista de MT suspeito de armar bomba no DF é alvo de operação deflagrada pela Polícia Federal

Da Redação - Airton Marques

Um dos alvos da Operação Nero, deflagrada pela Polícia Federal nesta quinta (29), é o bolsonarista Alan Diego Rodrigues, de Comodoro (642 Km de Cuiabá), suspeito de ter instalado uma bomba em um caminhão de combustíveis estacionado próximo ao Aeroporto de Brasília no dia 24 de dezembro. A informalção é da Folha de S.Paulo.

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Antes do ato de terrorismo com a bomba, Alan Diego já tinha sido identificado como um dos que teriam participado da tentativa de invasão ao prédio da corporação e realizado incêndios em veículos no dia 12 de dezembro. Ele é procurado, então, por envolvimento nos dois casos.

O primeiro pedido de prisão contra Alan Diego, o que tem a ver com a ação desta manhã, foi feito um dia antes da tentativa de explosão do caminhão. Após a prisão do bolsonarista George Washington por envolvimento no caso da bomba, o nome de Alan Diego veio à tona.

George confessou envolvimento no atentado em depoimento à Polícia Civil e disse que o colega atuou também no ato terrorista sendo a pessoa que instalou o explosivo no caminhão. Desde então, Alan Diego passou a ser procurado pelos investigadores por envolvimento com a bomba.

Alan Rodrigues tem 32 anos e foi candidato a vereador de Comodoro pelo PSD em 2016, mas não foi eleito. Nesta terça (27) o partido decidiu expulsá-lo da legenda.

A operação

A ação da PF tem como objetivo identificar e prender os envolvidos na tentativa de invasão ao Edifício-Sede da PF no dia 12 de dezenbro e de praticarem outros atos criminosos na mesma data pela capital federal, como a depredação à 5ª Delegacia de Polícia, além de incêndios criminosos contra veículos e ônibus.

Além de Mato Grosso, os agentes cumprem 21 mandados de busca e apreensção e 11 de prisão em outros sete estados (Rondônia, Pará, Tocantins, Ceará, São Paulo, Rio de Janeiro e no Distrito Federal. Ao menos três pessoas já foram presas.

As investigações tiveram início na Polícia Federal, para identificar os envolvidos no ataque ao Edifício-Sede da instituição, e na Polícia Civil do Distrito Federal, a qual apurou os atos de vandalismo cometidos em Brasília.

Os suspeitos teriam tentado invadir a sede da PF com o objetivo de resgatar um homem preso pela instituição no dia 12, logo após o presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ser diplomado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Após serem frustrados, teriam dado início a uma série de atos de vandalismo pela cidade. As duas investigações foram encaminhadas, em razão de declínio de competência, ao Supremo Tribunal Federal.

Os atos de vandalismo começaram na frente da Polícia Federal, na Asa Norte, por volta de 19h30 do dia 12 de dezembro, após o cumprimento de um mandado de prisão temporária contra o indígena José Acácio Tserere Xavante, apoiador de Jair Bolsonaro em Mato Grosso.
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