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Notícias / Agronegócios

Estado pode conceder subsídios para socorrer setor da pecuaria

Da Redação/Alline Marques

Esta quarta-feira pode ser o “dia D” para os pecuaristas e frigoríficos de Mato Grosso. Isso porque, o presidente do Sindicato dos Frigoríficos de Mato Grosso (Sindifrigo), Luis Antônio Farias, tem uma reunião marcada com o governador Blairo maggi (PR) na tentativa de buscar subsídios do Estado para o setor, que passa pela maior crise já enfrentada.

Além disso, o setor também participará de uma audiência pública na Assembléia Legislativa para discutir alternativas em busca de superar a crise. A pecuária é o setor mais atingido no país pela crise financeira mundial, devido a restrição de créditos, o que levou ao fechamento de 50 frigoríficos no Brasil, sendo 13 só em Mato Grosso.

O secretário de Estado de Fazenda, Eder Morais, já sinalizou sobre a possibilidade de uma ação de emergência para socorrer o setor, no entanto, ressalta que será apenas temporária.

“As concessões para aliviar este setor, neste momento, se tiverem que ser tomadas, serão tomadas em caráter temporário. Assim que a economia tiver voltado ao seu curso normal, temos que restabelecer as condições de normalidade”, declarou em entrevista ao Olhar Direto.

O secretário disse ainda que as medidas serão discutidas com o governador e destacou que não acha justo que os frigoríficos que estão em funcionamento assumam a responsabilidade fiscal dos que fecharam. “Temos essa sensibilidade”, afirmou.

Dentre as possíveis medidas emergenciais, Eder Morais adiantou que o governo estuda a possibilidade de acabar com a estimativa no setor e cobrar carga a carga, ou realizar a redução na estimativa.

O problema é que enquanto o governo de Mato Grosso sinaliza para uma política de socorro ao setor, o governo Federal fecha as portas e desmente qualquer pacote de ajuda aos frigoríficos.

A Associação Brasileira de Frigoríficos cobra a redução da carga tributária do PIS/Confins, que chegou a ser aceita pelo ministro de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Reinhold Stephanes, porém não deu nenhum posicionamento se isto será possível. Enquanto isso, a crise no setor se agrava.
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