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Allan afirma que militarização da Adalgisa de Barros ainda está no radar, mas garante que alunos serão ouvidos

Da Redação - Airton Marques / Do Local - Max Aguiar

Durante convocação na Assembleia Legislativa (ALMT), o secretário de Educação, Allan Porto, afirmou que a criação de novas escolas militares é uma meta do Governo do Estado e, por isso, mantém a possibilidade do processo de militarização da Escola Estadual Adalgisa de Barros, em Várzea Grande.

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Em meio aos questionamento envolvendo o processo, Alan garantiu que a escola só deixará de ser civil, caso a comunidade escolar, em especial os alunos matriculados, concordem com a medida. Enquanto uma nova audiência para debater e decidir o tema não é marcada, o secretário ressaltou que a diretoria da unidade continua tirando dúvidas sobre a questão.

“Dentro das políticas públicas da secretaria, está a ampliação das escolas militares, então nós vamos continuar dialogando com a comunidade escolar, colocando esse modelo à disposição, para que juntos possamos definir. Pode não ser essa, mas outra escola, em outra cidade. Se for desejo dos estudantes e dos pais, isso vai ser feito. Hoje é escola regular e está funcionando da melhor forma possível”, declarou.

A Seduc e a direção do colégio já realizou duas audiências para que a comunidade decida se aceita ou não a militarização. A última, no mês passado, foi encerrada com forte apoio pela rejeição da proposta, mas foi cancelada pela pasta, por conta da confusão entre membros do Sintep-MT e o setor da Polícia Militar que cuida das escolas militares.

Alan afirmou que não houve condições para que o debate fosse aprofundado e que a Seduc continuará aberta ao diálogo. Pontuou até que muitos pais procuraram a direção da escola, favoráveis à militarização.

“Não queremos criar nenhum ambiente de conflito. A missão que passei para ela, tenho certeza que vai fazer da melhor forma possível – ouvir os alunos e gerir a unidade. Vamos caminhando lá na Adalgisa, ouvindo os estudantes. Se ele estenderem que essa escola não precisa passar por essa transformação, não vai passar”, reforçou.

Autor da convocação, o deputado Lúdio Cabral (PT) concordou que a audiência cancela foi conturbada e defendeu que a legislação seja seguida, garantindo o direito de manifestação da comunidade escolar.

“Precisamos apenas que haja respeito a lei. Não segue, a escola tem uma diretora civil, professores atribuídos e alunos matriculados, não há demanda da comunidade pela militarização, não há motivos para a Seduc retomar esse processo”, disse.

“Se houver, terá que seguir a lei. A primeira coisa é a manifestação da comunidade escolar. Todo esse processo poderia ter sido evitado. Fiquei muito triste com o que aconteceu, pois aquilo ali não era uma audiência pública. Não é um bom exemplo a ser seguido. Está na origem os erros da militarização. Vamos ficar vigilantes para que a comunidade seja respeitada”, pontuou.
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