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Delegada-geral afirma que inquérito sobre chacina em Sinop deve ser concluído antes do prazo de investigação

Da Redação - Marcos Salesse

A delegada-geral da Polícia Judiciária Civil (PJC-MT), Daniela Maidel, afirmou que o inquérito sobre a chacina, que vitimou 7 pessoas em Sinop (476 km de Cuiabá), deve ser concluído antes dos 30 dias de prazo para o término da investigação. Segundo Daniela, com a finalização do inquérito, Edgar Ricardo de Oliveira, identificado como um dos participantes do crime, deve ter a prisão temporária convertida em preventiva. Até o momento, Edgar segue preso em uma cela individual na Penitenciária Central do Estado (PCE), em Cuiabá.  

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Em entrevista à imprensa, a delegada-geral relatou que a prisão temporária de Edgar foi decretada apenas para que a investigação ocorra sem qualquer interferência do acusado. Com o encerramento do inquérito, a expectativa de Daniela é que o acusado tenha a prisão temporária convertida para prisão preventiva. 

"Nesse caso, a prisão temporária é voltada para a conclusão das investigações. Como os trabalhos estão bem adiantados, está sendo feito um trabalho bastante criterioso pela equipe de Sinop, nós acreditamos que esse inquérito esteja concluído antes desses 30 dias, e tudo leva a crer que essa prisão vai ser transformada em preventiva. É uma questão mesmo de continuidade do prazo de investigação", disse a delegada-geral em entrevista ao site Veja Bem MT. 

Na manhã da última sexta-feira (24), Edgar foi transferido para a PCE, após determinação da juíza da 1ª Vara Criminal de Sinop, Rosângela Zacarkim dos Santos. A magistrada optou pela transferência com o objetivo de resguardar a segurança e integridade física do réu. Já na PCE, Edgar foi colocado em uma cela individual no raio 8, onde estão presos considerados de alta periculosidade. 

Relembre o caso 

Edgar e Ezequias Souza Ribeiro, de 27 anos, entraram armados no bar na tarde de terça-feira (21). Enquanto Ezequias obrigou que as vítimas ficassem perto de uma parede com um revólver, Edgar executou as pessoas com uma espingarda. Uma criança de 12 anos foi baleada e morreu no local, onde estava com o pai, que também foi assassinado. 

Ezequias foi morto após entrar em confronto direto com policiais do Bope na tarde desta quarta-feira (22). Ele estava escondido em uma área de mata perto da MT-222, em Sinop. Ezequias foi socorrido e levado para o Hospital Regional de Sinop, mas teve a morte confirmada por um dos médicos da unidade. 

Já o comparsa foi preso na manhã desta quinta-feira (23). Os dois cometeram a chacina após apostarem dinheiro e perderem partidas de sinuca. O dono do bar, identificado como Maciel Bruno de Andrade, de 35 anos, também foi morto no local. 

Vídeo da câmera de segurança mostra um dos autores da chacina rendendo as vítimas com um revólver Em seguida, o comparsa tira uma espingarda da caminhonete e atira nas pessoas. 

Além do dono do bar, morreram Orisberto Pereira Souza, 38, Adriano Balbinote, 46, Getúlio Rodrigues Frazão, 36, Josué Ramos Tenório, 48, Larissa Frazão de Almeida, 12, e Elizeu Santos da Silva, 47. Larissa era filha de Getúlio e estava no bar com o pai. A mãe dela e o sobrinho de Getúlio também estavam no local, mas sobreviveram ao massacre.

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