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Pesquisa aponta que 64,4% dos cuiabanos concordam com construção do BRT

Da Redação - Airton Marques

Pesquisa da Percent Brasil aponta que 64,4% dos cuiabanos concordam com a decisão do governo estadual de abandonar o projeto do Veículo Leve Sobre Trilhos (VLT) para a instalação do BRT na região metropolitana. Conforme o levantamento, 27% discordam com a construção do modal e 8,7% não souberam opinar ou não responderam.

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A pesquisa ouviu 600 pessoas entre os dias 27 de fevereiro e 3 de março. A margem de erro é de 4 pontos percentuais para mais ou para menos e o nível de confiança é de 95%.

A decisão pelo BRT foi tomada no final de 2020 e se tornou mais um ponto de embate entre o governador Mauro Mendes (União) e o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que busca medidas administrativas e jurídicas para barrar o avanço da construção do modal.

O Paiaguás afirma que a retomada do VLT é impossível e já deu início na retirada de trilhos e estruturas feitas até 2014 em Váerzea Grande. O Estado pontua que o contrato com o Consórcio VLT (C. R. Almeida S/A Engenharia de Obras, Santa Barbara Construções S/A, CAF Brasil Indústria e Comércio AS e ASTEP Engenharia Ltda) foi rescindido.

O VLT tinha previsão de ser entregue em 2014, antes da Copa do Mundo e na gestão do então governador Silval Barbosa, mas isso não ocorreu. Durante a gestão Pedro Taques houveram tentativas de retomar a obra, também sem sucesso. Até que, em 2017, Silval firmou delação premiada e revelou que todo o processo de escolha e contratação do Consórcio VLT foi realizado para receber propina.

Após a delação e a descoberta do esquema, o Estado de Mato Grosso investigou o caso na esfera administrativa e rescindiu o contrato com o Consórcio VLT, em dezembro de 2017, uma vez que além da não entrega do modal, houve prática de corrupção. 

Com a rescisão, as empresas foram declaradas inidôneas e ficaram proibidas de contratar com o Poder Público. 

No mesmo ano, o Consórcio VLT tentou reverter a rescisão do contrato junto ao Tribunal de Justiça de Mato Grosso. No entanto, o pedido foi negado, assim como os recursos junto ao Superior Tribunal de Justiça (STJ).
De lá para cá, todos os questionamentos judiciais sobre a rescisão do contrato do Estado com o Consórcio VLT transitaram em julgado, ou seja, não há mais possibilidade de recorrer.

Ainda tramitam na Justiça as ações do Estado que buscam obrigar o consórcio a devolver R$ 1,2 bilhão aos cofres públicos, em razão dos danos materiais e morais causados à população mato-grossense com a não entrega da obra.
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