O senador Jayme Campos (UNIÃO) cobrou duramente a ministra do Planejamento e Orçamento do Brasil, Simone Tebet (MDB), sobre a previsão de liberação financeira para municípios de Mato Grosso que estão na faixa de fronteira. O parlamentar usou um ditado popular para dizer que o dinheiro existe, mas ninguém vê. 

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"Qual a possibilidade e qual a maneira que tem das prefeituras que estão nessa faixa possam acessar esse recurso? É aquela velha história: esse dinheiro é igual cabelo de irmã de caridade. Sabe que tem, mas ninguém vê. Mesma coisa em Brasília. Sabe que tem, mas ninguém vê esse dinheiro.  Ninguém consegue acessar os recursos", disse o senador.

A presença de Tebet em audiência no Senado foi para participar da agenda conjunta do Congresso na Comissão de Infraestrutura (CI) e da Comissão de Desenvolvimento Regional (CDR). Ela respondeu aos questionamentos dos senadores e internautas, preocupados com as diretrizes da pasta para os próximos dois anos.

Na oportunidade, Jayme disse que um grande trabalho da ministra seria tirar a burocracia para poder atender esses municípios. "A senhora poderia fazer a desburocratização.  É tão grande a burucracia, que mesmo com emendas de bancada e a emenda nossa, pra empenhar é um custo. Para liberar é pior ainda. Quando chega o dinheiro na ponta, o tempo já passou e o recurso é irrisório", disse o senador.

Norte, Nordeste e Centro-Oeste precisam de políticas públicas diferenciadas, afirmou Simone, e, por isso, a ministra pretende elaborar com o Congresso Nacional o Plano Nacional de Desenvolvimento Regional.

Em resposta a diversos senadores, a ministra defendeu ainda a reindustrialização do país. Ela compartilhou a proposta da criação de um fundo constitucional para o desenvolvimento regional. "O Brasil é um país muito rico para ter um povo tão pobre. E a nossa maior vergonha é a desigualdade social", concluiu a ministra.