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PT consulta marqueteiro de Obama para aperfeiçoar campanha presidencial pela internet

Folha Online

O PT pretende usar na campanha da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) à presidência da República em 2010 a mesma estratégia de captação de votos pela internet utilizada pela equipe do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama.

Os petistas começaram a trocar informações com o marqueteiro americano Ben Self, que foi responsável pela campanha de Obama na rede mundial de computadores.

Oficialmente, a parceria com Self está prevista para ocorrer por intermédio do publicitário João Santana que deve coordenar a campanha de Dilma ao Palácio do Planalto.

Os petistas negam que tenham fechado um contrato com o marqueteiro de Obama, uma vez que a legislação brasileira impede a contratação de empresas estrangeiras para consultoria política. Nos bastidores, porém, as conversas com Self já começaram.

O presidente do PT, Ricardo Berzoini (SP), disse à Folha Online que se reuniu com Self na semana passada para trocar experiências sobre as campanhas políticas na internet.

Berzoini disse que foi uma conversa "informal", ocorrida a pedido de Santana. "Quem vai decidir sobre contratações é quem cuida da campanha. O João Santana tem contato com ele e me pediu que o recebesse", afirmou Berzoini.

O secretário de Finanças do PT, Paulo Ferreira, também participou do encontro com o marqueteiro de Obama. Ferreira disse à Folha Online que Self fez uma rápida apresentação sobre as suas estratégias de campanha na internet.

Os petistas pretendem investir na rede mundial de computadores para difundir a campanha de Dilma, inclusive no que diz respeito à arrecadação de recursos para a futura candidata.

"Ainda não podemos ter ilusões sobre a doação via internet porque o cidadão comum tende a achar que já existem as pessoas que financiam as campanhas. Mas isso facilita o financiamento por pessoas comuns", afirmou Berzoini.

Ferreira disse esperar que a legislação eleitoral não exija dos doadores a comprovação, por impresso, dos recursos destinados aos candidatos. "Exige-se que seja apresentado um recibo físico das doações, o que dificulta. Se isso estiver na lei, os grandes financiadores vão ser as pessoas jurídicas", afirmou o secretário.
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