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Tentações são mais irresistíveis do que pensamos, diz estudo

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Reduzir Normal Aumentar Imprimir Se você acha que é geralmente bem sucedido em resistir às tentações, você provavelmente está enganado, afirmam os cientistas da Northwestern University, nos Estados Unidos. Segundo os pesquisadores, a maioria das pessoas têm grande dificuldade em avaliar o quanto são capazes de resistir à tentações como cigarro, sexo ou chocolate, por exemplo.

"As pessoas não são boas em antecipar o poder dos seus impulsos e aqueles que são os mais confiantes sobre o seu auto-controle são os mais suscetíveis a cair em tentação", disse a pesquisadora Loran Nordgren, doutora em gestão e organizações do curso de Administração na Northwestern University, em entrevista concedida ao site Live Science.

O resultado: muitos de nós inconscientemente nos expomos à tentação do chocolate ou de cigarros, o que conduz a uma maior probabilidade de entregar-se a comportamentos que podem levar ao vício.

Nordgren chegou à essa conclusão através de uma série de experiências feitas principalmente com estudantes universitários. Os pesquisadores acreditam que estes resultados se mantêm se os testes forem realizados com uma parcela mais ampla da população.

Em uma das experiências, que foi realizada com fumantes, mais do dobro dos que pensaram que poderiam resistir à tentação de um cigarro aceso em um teste para não fumar perceberam que não tinham muito controle sobre isso.

Aqueles que estufaram o peito e resistiram às tentações tem uma imagem negativa dos outros. "Eles têm uma opinião muito ruim em relação às pessoas que agem impulsivamente, porque têm a crença de que não agem dessa forma", afirmou Nordgren.

Mas, segundo a doutora, ninguém é infalível. "Evite situações em que tais 'fraquezas' podem prosperar e lembre-se que você não é invencível", aconselha Nordgren.

Fome, cigarros e sono

O novo estudo, que foi publicado na última edição da revista Psychological Science, baseia-se em pesquisas anteriores que mostram que quando não estão no "calor do momento", os indivíduos têm dificuldade de compreender as profundezas de seus desejos.

"Se você não está sentindo desejo por um cigarro ou não está com fome ou excitação sexual neste momento, creio que você tem muita dificuldade em entender a verdadeira força transformadora dessas experiências", disse Nordgren. "E na maioria do tempo não estamos dominados por impulsos", ela acrescentou.
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