Os agricultores que cultivam canola no Paraná fazem a colheita da safra. Com custo de produção baixo e um bom mercado para venda, o grão conquista cada vez mais espaço no estado.

Três mil toneladas de grãos de canola devem passar por um armazém até o final do mês. É a produção da região central do Paraná desta safra, que está sendo colhida e depois segue para Maringá, norte do estado, onde a canola é transformada em óleo e farelo.

É o segundo ano que a cultura é plantada na região. No ano passado, o agricultor Giovani Teixeira plantou 40 hectares e ficou tão satisfeito que, nesta safra, aumentou quase oito vezes a área e plantou 300 hectares.

“Eu acho que é um conjunto de pontos positivos: é o baixo custo de investimento, a garantia de comercialização, a garantia de produtividade”, diz.

Ao todo, a área de plantio na região passou de 600 hectares para 2200 neste ano. Como é uma cultura bastante resistente, ela suporta grandes variações de temperatura e exige menos defensivos. Por conta disso, tem um custo de produção mais barato que o trigo, por exemplo.

Motivos que levaram o agricultor Valdir Rosanski a decidir pela troca. O preço pela venda também anima o agricultor. A saca, de 60 quilos, deve ser vendida a R$ 50.

“A canola tem a comercialização certa, garantida. O trigo é uma dúvida do começo ao fim. O mercado de trigo no Brasil não é garantido e não se tem um preço remunerador”, explica Seu Valdir.

Além da produção de óleo comestível e do aproveitamento nas indústrias farmacêutica e de cosméticos, a canola é usada para fazer o biodiesel.