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Senadores protestam contra cerco à embaixada do Brasil em Honduras

Agência Senado

Vários senadores protestaram em plenário nesta terça-feira (22) contra o cerco feito pelo exército de Honduras à embaixada do Brasil em Tegucigalpa, onde está asilado desde segunda-feira o presidente deposto do país, José Manuel Zelaya.

O senador Eduardo Azeredo (PSDB-MG) foi o primeiro a levar o assunto ao plenário, ao anunciar a convocação de reunião extraordinária da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional para tratar da questão.

Azeredo lembrou que a embaixada do Brasil em Honduras é território brasileiro, de modo que não poderia estar sendo cercada e sofrendo cortes de energia.

O senador Aloizio Mercadante (PT-SP) defendeu a atitude do governo brasileiro, que deu asilo a Zelaya, lembrando que várias lideranças brasileiras receberam asilo de outras embaixadas quando foram perseguidos por ditaduras. O senador também anunciou a apresentação de moção, endossada por outros parlamentares, de repúdio ao cerco da embaixada.

O senador Heráclito Fortes (DEM-PI), por sua vez, observou que se deve discutir também a forma como o governo do Brasil agiu no caso, possivelmente desrespeitando a soberania de Honduras. Ele também destacou que o caso de Zelaya é diferente de um asilo comum, uma vez que ele não estava fugindo de um país porque sua vida estava ameaçada, mas entrando no país.

Os senadores Antonio Carlos Valadares (PSB-SE) e Roberto Cavalcanti (PRB-PB) também manifestaram apoio a Zelaya e ao asilo concedido pela embaixada brasileira.
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