A região portuguesa do Alentejo registrou um aumento de 22,7% de pernoites no mês de julho em relação ao mesmo período do ano passado.

De acordo com António Ceia da Silva, presidente do Turismo do Alentejo, o mercado interno representou um fator importante para que o Alentejo alcançasse esse número, quando a taxa de ocupação hoteleira caiu na maioria das regiões do país.

"Nós fomos os únicos [em Portugal] a promover neste ano uma linha de campanha diretamente dirigida ao mercado interno, porque entendemos que o nosso mercado era importante", disse Ceia da Silva, que é presidente da ERT (Entidade Regional de Turismo).

Ele anunciou nesta terça-feira a criação de um Observatório de Turismo, que deverá ser aprovado até final deste ano. O objetivo é apurar dados sobre o perfil dos turistas que visitam a região e tipo de unidades hoteleiras que elegem para pernoitar.

"Os dados que temos em relação ao mês de julho são números que dizem respeito ao alojamento tradicional (hotéis, pousadas, albergarias e pensões). Faltam-nos os números referentes às unidades de turismo rural", observou.

O projeto está sendo desenvolvido pela ERT do Alentejo e conta como parceiros com a Universidade de Évora e os institutos politécnicos de Beja e Portalegre.

Natureza

A aposta no turismo de natureza é outro dos projetos que a ERT do Alentejo tem em marcha.

O projeto, que está sendo desenvolvido no âmbito do programa "Agir para o Turismo de Natureza", conta com o apoio das prefeituras, agentes privados e do Instituto da Conservação da Natureza e da Biodiversidade.

Para desenvolver a iniciativa, a ERT do Alentejo já desenvolveu reuniões com várias entidades relacionadas como o Parque Natural da Serra de São Mamede (Portalegre) e o Parque Natural do Vale do Guadiana (Beja), estando ainda projetadas várias ações para outras zonas que integrem áreas protegidas.