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Marina diz que não rouba voto de Dilma e defende mais de uma candidatura da base

Folha Online

Pré-candidata do PV à Presidência, a senadora Marina Silva (PV-AC) disse nesta terça-feira que não "rouba" votos da ministra Dilma Rousseff (Casa Civil) na corrida ao Palácio do Planalto. Pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta terça-feira mostrou um recuo na taxa de intenção de voto de Dilma após a entrada de Marina na disputa.

Mulher e aliada do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, assim como Dilma, Marina disse que cada candidata tem seus ideais que serão apresentados durante a campanha eleitoral.

"Não se tira voto de ninguém. O voto é do eleitor, ele está fazendo sua avaliação. Neste momento, ele ainda pode transitar porque ele não conhece ainda as propostas dos candidatos, a maioria sequer diz que é candidato. Então, em 2010, esses cenários poderão mudar e eu espero que mudem para melhor, para o Brasil", afirmou.

A senadora disse acreditar, porém, que o estilo "feminino" de fazer política pode trazer resultado nas urnas desde que as candidatas mantenham a sua feminilidade.

"A combinação do estilo feminino mais negociador, mais disposto ao convencimento do que à imposição, obviamente que ajuda. O estilo feminino na política não precisa ser masculinizado. As mulheres não precisam dar murro na mesa e falar grosso para poder ser respeitadas. Nós podemos ser respeitados da nossa forma, isso não significa fragilidade nem fraqueza", afirmou.

Sem esconder o seu desejo de disputar a Presidência, Marina disse que caberá ao PV decidir sobre o lançamento de sua candidatura. A senadora disse acreditar que, se chegar em 2010 com "bom desempenho" no partido, terá o seu nome incluído na corrida presidencial.

Na opinião de Marina, a média de 8% de intenções de voto registrada nas últimas pesquisas de opinião representa o desejo dos brasileiros por mudanças no cenário político nacional.

"Eu acho que tem a ver ainda com o desejo das pessoas de promover mudanças nesse país, com o projeto de lutar por melhorias. Obviamente é um registro, é um momento que as pesquisas apontam. Como está sendo mencionada apenas nos últimos dois meses, é significativo, mas estamos apenas no começo."

Com o seu nome em crescimento nas pesquisas de intenção de votos, Marina defendeu o lançamento de várias candidaturas de partidos aliados do governo federal ao Palácio do Planalto nas eleições do ano que vem. "Numa eleição em dois turnos é fundamental que se tenha várias candidaturas. É legítimo que os partidos coloquem os seus candidatos. Isso favorece maior participação da população, maior envolvimento."

Marina disse que não tem "ansiedade tóxica" pela decisão de lança-se, ou não, à corrida pelo Palácio do Planalto. "Acho que essa tranquilidade faz com que o eleitor seja mais livre para fazer as suas escolhas", disse.
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