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​Operação Rapta cumpre 8 prisões preventivas de envolvidos em sequestro de empresário

Da Redação - Rodrigo Costa

A Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), da Polícia Civil, concluiu o inquérito da Operação Rapta, que investigava o crime de extorsão mediante sequestro de um empresário de Cuiabá , e representou à Justiça pela conversão das prisões temporárias em preventivas.

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Os oito mandados judiciais foram deferidos, com parecer favorável do Ministério Público, e cumpridos nesta quarta-feira (26), em Cuiabá. Sete mandados foram efetuados na Penitenciária Central do Estado (PCE), onde os autores do crime já estavam detidos em função da prisão temporária. A oitava prisão, de J.A.S.P. , ocorreu no bairro Jardim Cuiabá, onde a mulher foi localizada.

O sequestro ocorreu em fevereiro último, quando o empresário de 45 anos foi abordado por um grupo criminoso armado, enquanto conduzia seu veículo em uma via da Capital, e colocado no porta-malas de outro carro. 

A vítima foi levada para locais em Várzea Grande, entre motéis e uma chácara. Durante o período em que foi mantido em cativeiro, os criminosos exigiram que o empresário fizesse transferências via pix para contas indicadas pelo grupo. 

Além das transferências bancárias, alguns suspeitos saíram com o cartão de crédito da vítima e tentaram realizar saques, mas sem sucesso. Na saída de um dos motéis usados como cativeiro, quando provavelmente iriam transferir a vítima para outro local, os homens saíram pelo lado errado do motel e furou os pneus do veículo - um Chevrolet Prisma. 

Após o incidente, um dos criminosos pediu ajuda para que retirassem do local três do bando. Toda a ação foi gravada por câmeras de monitoramento do prédio. A vítima foi retirada do veículo, trancada no porta-malas e deixada em uma chácara em Várzea Grande. Parte do grupo saiu do local e foi para um bar. A vítima conseguiu sair do veículo e fugir.

Investigação 

Com a instauração de inquérito para apurar o crime, a GCCO reuniu informações que levaram à participação de G.B.D.S. e sua esposa, N.S.P. que foram presos em flagrante logo após o crime. G.B.D.S, foi indiciado e se tornou réu, sendo denunciado à Justiça por extorsão mediante sequestro e associação criminosa. 

No decorrer da investigação complementar, a equipe da GCCO apurou que o pagamento via Pix em um motel utilizado como um dos cativeiros foi feito para a conta de outra mulher. Interrogada pela Polícia Civil, ela confessou sua participação no crime, além de seu marido e outros integrantes do bando. 

O homem preso em flagrante na ocasião do sequestro foi novamente interrogado na GCCO e informou todo o planejamento do sequestro e que as ordens partiram de um criminoso que está detido na Penitenciária Central do Estado. 

A partir da criação de um grupo em um aplicativo de mensagens, o criminoso da PCE passou a coordenar o sequestro do empresário, adicionando os demais integrantes do bando que executariam todas as etapas do crime. 

A equipe da GCCO identificou as contas bancárias que receberam os valores extorquidos do empresário, entre elas a de uma mulher que recebeu R$ 25 mil e declarou na GCCO que apenas teria ‘vendido’ as contas para recebimento dos valores. Contudo, a investigação apontou que as contas foram abertas após os fatos criminosos e foi constatado que houve um acordo da investigada e os demais integrantes da organização criminosa para o depósito de valores oriundos dos crimes. 

(Com assessoria)
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