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Notícias / Meio Ambiente

Guiana quer receber dinheiro para preservar a floresta amazônica

Reuters

O presidente Bharrat Jagdeo quer transformar a Guiana em um dos países ambientalmente mais progressistas do mundo ao preservar vastas extensões da sua floresta tropical desde que as nações ricas paguem por isso.

Em entrevista à agência Reuters, Jagdeo disse que, como parte da prevenção à mudança climática, poderia determinar a manutenção de cerca de 150 mil km² - aproximadamente a área do Ceará - de matas ainda quase intactas no pequeno país ao norte do Brasil, mediante o recebimento de uma quantia anual de até US$ 580 milhões.

"Podemos gerar dinheiro com a preservação das florestas, podemos usar esses recursos para investir em oportunidades de baixo (grau de emissões de) carbono, e podemos usar parte desse dinheiro para tornar nossa economia resistente à (mudança) climática", disse Jagdeo, que participa nesta terça (22) de uma cúpula climática na sede da Organização das Nações Unidas (ONU).

Ele lembrou que a destruição das florestas tropicais provoca mais emissões de dióxido de carbono do que todas as emissões de carros, caminhões, aviões e trens do mundo.

A Guiana tem menos de 1 milhão de habitantes, dos quais 90% vivem no litoral. Jagdeo disse que o governo terá de construir muros para proteger essa área mais habitada da elevação do nível do mar, um dos efeitos mais notáveis do aquecimento global.
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