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Guia de turismo relata momentos de terror em incêndio no Morro de Santo Antônio: 'chamas com mais de 5 metros'

Da Redação - Bruna Barbosa

O guia de turismo Patrik Almeira, que mora em uma chácara no entorno do Morro de Santo Antônio, em Santo Antônio do Leverger (a 30 km de Cuiabá), viveu momentos de desespero para conseguir controlar focos de incêndio na vegetação do local na madrugada deste sábado (19). Um dos vizinhos de Patrik teve uma fratura exposta na perna enquanto ajudava no combate com outros moradores. 

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Ele explica que o fogo se espalhou muito rápido no Morro de Santo Antônio e as chamas chegavam a ter até 5 metros de altura. Patrik ajudou a retirar alguns dos vizinhos das casas, já que havia risco do fogo atingir as residências.

"Momento de terror e desespero para todos aqui. Vizinhos se uniram na ajuda ao combate e, com muito custo, por volta das 4h conseguimos controlar. Estou desde cedo monitorando pequenos focos com drone e, ao identificar, vou in loco para apagar. Evitando que os pequenos focos se alastrem". 

Depois de passar a madrugada com outros vizinhos tentando apagar o fogo, o guia de turismo conta que conseguiu apagar os três últimos focos de incêndio somente na manhã deste sábado (19). "Agora só troncos isolados queimando, mas foi desesperador". 

Patrick passou a madrugada tentando apagar os focos de incêndio no Morro de Santo Antônio. (Foto: Arquivo pessoal)

O Corpo de Bombeiros Militar de Mato Grosso (CBMMT) informou que três equipes e uma aeronave  um incêndio no Morro Santo Antônio nessa sexta-feira (18). O Batalhão de Emergências Ambientais e o 1º Comando Regional estão monitorando o incêndio com satélites de alta tecnologia para orientar as equipes em campo.

Patrik também lamentou a morte de animais que vivem no Morro de Santo Antônio durante o incêndio. O guia de turismo ainda mostrou que um dos moradores da região teve uma fratura exposta na perna enquanto tentava apagar o fogo. 

"Toda a nossa reserva ecológica queimou. Várias espécies que se abrigam aqui provavelmente morreram queimadas! Quatis, macacos saguis, macacos da noite, tamanduás marins e outros.

O guia de turismo explica que as queimadas são recorrentes no período de seca, mas que houve "uma trégua" quando havia mais fiscalização no Morro de Santo Antônio. "Havia um trabalho minucioso na comunidade, com relação a fazer aceiro, não fazer queimadas em lixo e conscientização das pessoas que sobem o Morro". 
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