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Mauro se irrita e nega ter oferecido vaga no TCE para Botelho: “nunca conversei sobre esse assunto”

Da Redação - Rodrigo Moura

O governador Mauro Mendes (UNIÃO) negou que tenha oferecido uma vaga no Tribunal de Contas do Estado de Mato Grosso (TCE-MT) ao deputado Eduardo Botelho (UNIÃO), como parte de um acordo para convencê-lo a abandonar sua candidatura à prefeitura prefeito de Cuiabá em 2024. Segundo Mendes, essa possibilidade sequer foi cogitada entre eles dois. 

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“Eu nunca conversei esse assunto [vaga no TCE]. Eu não”, disse em entrevista nesta semana. Questionado mais uma vez, o governador disse que não tem vaga na Corte de Contas. “E eu sou dono de vaga por acaso? Eu sou dono de vaga? O governador não tem vaga no Tribunal”, completou, visivelmente irritado.

O cargo de conselheiro de contas é vitalício. As vagas são abertas por aposentadoria, desistência ou morte dos titulares. O Pleno do TCE é composto por sete cadeiras, sendo três indicações do Executivo e quatro da Assembleia Legislativa.

Em abril deste ano, uma fonte revelou ao Olhar Direto que Botelho havia sido surpreendido com proposta de Mauro para recuar da candidatura à prefeitura da Capital em troca de uma indicação ao Tribunal de Contas. 

À época, Mauro teria "desenhado o xadrez" e pedido para Botelho abandonar suas pretensões ao executivo municipal. "[Disse] Que o melhor lugar para ele seria continuar como deputado em Mato Grosso e, possivelmente em até três anos, ou no máximo quatro, abriria uma vaga no Tribunal de Contas do Estado e ele poderia ser o indicado do Legislativo ou até mesmo do Executivo".

O plano do governador seria para cumprir um acordo de três anos atrás, quando Fábio seria candidato, mas por falta de boa pontuação nas pesquisas recuou do pleito, o que fez com que o grupo apoiasse a campanha de Roberto França Auad. 

No entanto, Botelho permaneceu firme em sua decisão de manter sua candidatura, tanto dentro quanto fora do partido União. Ele tem argumentando que, se houver dois candidatos do partido, a pesquisa de melhor colocado deve ser considerada para determinar qual deles será o candidato da sigla. 

Para deixar oficialmente o União Brasil, Botelho precisa do aval do governador Mauro Mendes. Desde que o deputado cravou sua saída do partido alegando portas fechadas, tanto o deputado quanto o governador não trataram oficialmente do tema. 

Perguntado sobre o andamento do assunto "saída de Botelho", Mauro disse que nunca ouviu essa declaração da boca do deputado e, como já havia dito em outras ocasiões, afirmou que, se esse for o desejo de Botelho, vai conversar com ele.

“Eu já ouvi várias declarações dele dizendo que vai sair. Mas, para mim, ele nunca falou isso, porque eu levo em consideração aquilo que as pessoas falam para mim pessoalmente. Se esse for o desejo dele, vou conversar com ele antes, para depois a gente tomar essa decisão”, finalizou.


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